Páscoa: Vendas em Passo Fundo crescem, mas menos que no país

Setor conseguiu alcançar o resultado esperado, que era de incremento de 2,5%. No país, vendas cresceram 4%, mas índice é um dos menores até hoje

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Este ano, Páscoa ficou mesmo somente no chocolateEste ano, Páscoa ficou mesmo somente no chocolate
Este ano, Páscoa ficou mesmo somente no chocolate
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A expectativa de crescimento das vendas para o período da Páscoa se configurou, mas no percentual bastante pequeno como era previsto: 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. “Tínhamos a previsão deste índice, baixo, mas realista. E ficou abaixo do crescimento no país, que chegou a até 4%”, comenta Agadir Stramari, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Passo Fundo. Em alguns estabelecimentos, entretanto, houve queda nas vendas. “Esperávamos que fosse pouco crescimento, mas no de chocolates ocorreu. Nos demais, as vendas não decolaram”, salienta.

De outro lado, o friozinho registrado durante o início da semana passada impulsionou a venda de calçados e confecções. “Este ramo depende muito do tempo. Se esfria, as pessoas têm a necessidade de comprar roupas quentes, por isso procuram as lojas”, destaca Stramari. A esperança agora é com as vendas de Dia das Mães, que costuma ser a segunda melhora data em vendas no comércio, perdendo apenas para o Natal. “Esperamos que para o Dia das Mães tenhamos sim um bom incremento nas vendas. Tudo vai depender da temperatura. Se esfriar, melhor, porque então se cria a necessidade de comprar as roupas de inverno e meia-estação”, projeta o presidente da entidade.

Em nível nacional, as vendas só não foram piores por conta das promoções de última hora. Ainda assim, segundo a Serasa Experian, apesar de as promoções de última hora alavancarem as vendas na Páscoa, este foi o pior desempenho desde o início do indicador, em 2007. No final de semana da Páscoa (03 a 05 de abril), as vendas aumentaram 3,2% em todo o país na comparação com o final de semana equivalente do ano anterior (18 a 20 de abril). Durante a semana, de 30 de março a 05 de abril, o crescimento foi nulo, ficando nos mesmos níveis de vendas em relação ao mesmo período do ano anterior (14 a 20 de abril).

Março teve recuo nas vendas a prazo

O número de consultas ao banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) para vendas a prazo recuou 2,03% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado. Este foi o segundo declínio consecutivo, após a queda de 2,85% registrada em fevereiro. Apesar da baixa na comparação anual, a comparação mensal apresentou um aumento de 5,05%, em relação a fevereiro deste ano. No entanto, de acordo com os economistas do SPC Brasil, este resultado não pode ser considerado positivo por conta do efeito calendário: com mais dias úteis (18 em fevereiro e 22 em março), o mês de março naturalmente sofre uma elevação nas consultas para vendas a prazo. Além disso, o resultado do mês de fevereiro foi impactado pelo feriado do carnaval.

Vendas acumulam queda de -1,03%

Na comparação mensal, o dado de março segue a duas fortes desacelerações consecutivas: de 28,85% em janeiro e de 4,83% em fevereiro. Como resultado, as consultas de vendas a prazo acumulam resultado negativo no ano: -1,03%. O principal motivo apontado para a queda acumulada é o atual cenário econômico brasileiro, que apresenta menor crescimento da massa salarial, alta dos juros, redução de emprego e, principalmente, inflação elevada. A soma desses fatores gera encarecimento das parcelas e corrosão do poder de compra. O dado acumulado em 12 meses contribui com este cenário, com queda de 0,55%, o sexto recuo consecutivo.

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