Técnica pioneira melhora a assistência aos prematuros

O Casulo tem formato de saquinho, e a ideia surgiu quando Jaqueline percebeu que os bebês prematuros precisavam de algo para ficar mais aconchegados dentro da incubadora.

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Profissionais especializados, equipamentos de ponta e cuidado humanizado são essenciais no atendimento de bebês prematuros. O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo é referência no interior do estado nesse quesito e busca sempre, novas técnicas para aprimorar a assistência aos bebês. Dentro desta proposta a médica neonatologista, pediatra e coordenadora do Centro de Tratamento Intensivo Neonatal (CTI) e Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCO) do HSVP, Dra. Jaqueline Cabeda, desenvolveu a técnica chamada “Casulo”. A iniciativa pioneira tem por objetivo acalmar os bebês, auxiliar no ganho de peso, além de garantir conforto e carinho.

O Casulo tem formato de saquinho, e a ideia surgiu quando Jaqueline percebeu que os bebês prematuros precisavam de algo para ficar mais aconchegados dentro da incubadora. Então começou a procurar um tecido que fosse maleável e desenvolveu vários modelos, até chegar no Casulo que é utilizado hoje. “O saquinho que recebeu o nome de Casulo é fechado em cima e embaixo, e forma uma membrana como se o bebê estivesse dentro da barriga da mãe. Como o tecido é maleável, ele se mexe normalmente dentro do Casulo”, conta a especialista, destacando que a técnica faz uma contenção fisiológica que deixa o bebê mais tranquilo. “Todos os bebês estáveis, a partir do sétimo dia já estão liberados para fazer o Casulo. Depois que iniciamos a técnica percebemos um maior ganho de peso, os bebês se sentem mais seguros, não se assustam tanto com os ruídos e choram menos”, salienta Jaqueline.

As equipes de enfermagem do CTI Neonatal e UCINCO, que auxiliam no desenvolvimento da técnica também relatam a resposta positiva dos bebês ao uso do Casulo. “ A iniciativa é muito boa. Os bebês ficam em posição fetal, se organizam, ganham peso e com isso diminuem o tempo internação. O cuidado torna-se mais humanizado e quem ganha são os pais e os bebês”, aponta a enfermeira Mariana Dal Molin.

Débora Falcão Gracioli, mãe da pequena Lara Gracioli Kobs, que está a um mês no CTINeonatal, se encantou com a técnica. Ela conta que os bebês ficam tranquilos quando estão usando o Casulo. “Eles se sentem aconchegados, como se estivessem dentro da barriga da mãe. É lindo ver eles bem tranquilos, esticando a perna, depois o braço e dormindo. Com certeza eles adoram”.

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