Ainda em outubro do ano passado, um acordo debatido na convenção coletiva que engloba os funcionários de mercados, supermercados e hipermercados de Passo Fundo, definiu que, a partir de janeiro de 2015, mercados fechariam um domingo por mês. Agora, quatro meses depois que a medida passou a valer, o presidente do Sincogêneros, Celso Marcolan, e o diretor do Sindicato dos Comerciários, Tarciel da Silva, já avaliam como positiva a experiência. ¨Nossa avaliação é boa. No início até pensávamos que a população não aceitaria a proposta, já que havia um costume de encontrar os mercados abertos em todos os domingos, mas, apesar de ainda haver um pouco de resistência, a grande maioria compreendeu a medida”, destacou Marcolan. O presidente ressalta ainda que partindo de um olhar do consumidor, o bom seria se os estabelecimentos estivessem abertos, mas a decisão favorece os funcionários que necessitam de um descanso aos domingos. ¨As pessoas entendem que deve ocorrer um descanso para os funcionários, por isso estão aceitando a ideia¨.
Para Tarciel, a medida foi uma vitória, já que a reivindicacão era feita há anos pelos trabalhadores e pelo sindicato. ¨Há 20 anos os comerciários lutavam por um maior tempo de descanso para os trabalhadores, por isso esse acordo já foi um grande avanço. Vimos também que a comunidade compreendeu a medida, pois nas vésperas de fechamento os mercados ficam lotados e os funcionários ficam felizes, pois sabem que no outro dia terão um descanso merecido”, pontua o diretor. De acordo com Tarciel, mais de 1.500 trabalhadores são beneficiados com esta medida.
Na maioria dos meses o fechamento ocorre no terceiro domingo do mês, porém, nos meses em que ocorrem datas comemorativas, como Dia das Mães (maio) e Dia dos Pais (agosto), o fechamento dos estabelecimentos se dará nestas datas.
Fiscalização
A multa para os estabelecimentos que não cumprem o acordo e utilizam dos funcionários para abrir aos domingos é de R$3.980,00 por trabalhador. Conforme Tarciel, o sindicato realiza a fiscalização e já arrecadou cerca de R$25 mil em multas, cujo dinheiro é doado para instituições da cidade.