OPINIÃO

Fatos 21/04/2015

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Leitura
Algumas considerações a respeito do caso Eduardo Peliciolli, expulso do PSB, por decisão do diretório municipal. Primeiro, no sistema eleitoral brasileiro, só concorre a cargo eletivo quem tiver filiação partidária. Esta filiação deve estar efetivada um ano antes do processo eleitoral. Segundo, os partidos tem orientações ideológicas e políticas em relação a forma de atuação dos seus eleitos e os estatutos estabelecem as regras. Cabe ao eleito seguir esta regra. O vereador Peliciolli se rebelou internamente e não seguiu a orientação socialista de adesão ao governo. Alega que está agindo de acordo com seus princípios e em defesa do que considera certo. Votou contra o Executivo, quando deveria se somar à bancada governista. Rebeldia que acabou por expor o PSB, além de outras questões levadas à Comissão de Ética. O diretório municipal tomou uma atitude corajosa ao decidir pela desfiliação do vereador. Não é todo o dia que partidos expulsam seus filiados por não seguirem orientação partidária. Do ponto de vista do público menos atento a determinados princípios, isso pode representar uma represália contra Peliciolli. Obviamente que o vereador saberá tirar proveito da situação.

Eleição
Para que se entenda melhor: o vereador Peliciolli fez cerca de 1,3 mil votos e foi o segundo da bancada do PSB (Wilson Lill fez mais de 2,1 mil). Seguindo a regra do quociente eleitoral, para cada 5,2 mil votos, as legendas ocuparam uma cadeira na Câmara. Por tanto, nenhum vereador foi eleito com votos próprios, mas sim, pela soma de todos os candidatos que fizeram parte do partido ou legenda.

Composição
A decisão do PSB dificilmente vai mudar a composição da Câmara. Peliciolli tem outras duas instâncias para recorrer: diretório estadual e nacional. Faltando menos de dois anos para iniciar a nova legislatura, um processo judicial para requerer a vaga no Legislativo, não seria julgado em tempo hábil. O vereador seguirá cumprindo o seu mandato, agora com muito mais vigor crítico contra a Administração Municipal, pois está totalmente liberado para isso. O futuro político dependerá da criação da Rede Sustentabilidade, que ainda depende da validação de um número de assinaturas junto à Justiça Eleitoral.

Qual é a novidade?

Notícia dada ontem pela Zero Hora de que Passo Fundo será o primeiro a receber as obras de ampliação do Lauro Kortz não trouxe nenhuma novidade na mesma notícia dada, na semana passada, por todos os veículos de comunicação locais. Muito me admira os compartilhamentos feitos como se o jornal da Capital tivesse dado o ‘furo’ do ano (jargão jornalístico). Para avivar a memória, o ministro Eliseu Padilha participou de audiência na Assembleia, na quarta-feira, e mostrou que Passo Fundo tem o projeto mais adiantado e que, portanto, os projetos mais adiantados e sem impedimentos terão preferência.  Precisa desenhar para saber que a notícia é a mesma? Santo de casa realmente não faz milagre. 



Sem dúvidas
O PMDB já anunciou que terá candidato próprio em 2018. Quem acompanha o cenário nacional percebe que toda a movimentação de independência e crítica do governo ao qual pertence, não tem outra intenção a não ser esta. O PSDB que, a princípio, estava colocado como principal adversário, perde espaço com a inércia.

 

Gostou? Compartilhe