Professores de diferentes regiões do Estado fizeram manifestação de parar o trânsito nas ruas da capital, com protestos em frente à Secretaria da Fazenda do RS e depois junto ao Palácio Piratini, no dia de paralisação. A categoria cobra uma proposta de reajuste salarial do Estado e quer que as secretarias estaduais da Fazenda, da Educação e da Casa Civil estejam todas presentes nas negociações a partir de agora. “Damos o prazo até o dia 8 de maio para uma resposta”, informou a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer. Ela diz que se não houver um retorno, professores vão considerar rompidas as negociações e irão discutir a possibilidade de greve. O pleito foi levado ontem ao secretário da Casa Civil, Márcio Biolchi, que recebeu a direção do Cpers no Palácio. Os professores pedem o pagamento dos 13,01% de reajuste do piso nacional do magistério e mais os 34,67% que ficaram do governo anterior.
Neste dia de greve, a sede da Fazenda foi a primeira parada dos cerca de 2 mil professores, segundo o Cpers, sendo 1,5 mil deles do interior do Estado –para a EPTC, que organiza o tráfego na capital, eram em torno de 1,5 mil. Levando faixas, cartazes e bandeiras, eles primeiro se aglutinaram em frente ao Cpers, na Avenida Alberto Bins, no Centro, de onde seguiram pela Avenida Mauá, ocupando duas das três faixas de trânsito.
Junto à rua, calçada e escadarias do prédio da secretaria, eles pediam uma audiência com o titular da pasta, Giovani Feltes, que estava no Palácio Piratini acompanhando o governador em coletiva da imprensa, na qual Sartori e depois Feltes detalharam o adiamento do pagamento de parcela da dívida com a União para poder garantir, na próxima semana, o salário em dia dos servidores.
Cidades
Em frente à Fazenda, professores de núcleos do Cpers de cidades como Santa Maria, Ijuí, Santa Rosa, Caxias do Sul, Cerro Largo, Estrela, Passo Fundo, Novo Hamburgo, Osório, São Leopoldo, Canoas e Cruz Alta, entre outras, fizeram manifestações ao microfone, contando sobre como estava o dia de paralisação. Eles colaram grandes adesivos em formatos de chaves nas paredes do prédio da Fazenda, em gesto simbólico para pedir a abertura dos cofres do Estado.
Da Avenida Mauá os professores caminharam até a Praça da Matriz, junto ao Palácio, para a segunda etapa da manifestação. Ao final, a presidente do Cpers avaliou como positivos o protesto e a paralisação. “No interior muitas escolas pararam”, assegurou. Em Passo Fundo, segundo informações do 7º Núcleo do Cpers Sindicato, a escola Eenav foi uma das únicas a paralisar totalmente as atividades nesta sexta-feira. Em outras escolas, houve paralisação parcial.