Sindicatos de Passo Fundo participam de mobilização na Capital

Em diversas cidades do país o Dia do Trabalhador deve ser marcado por protestos. Uma das principais motivações é o projeto de lei das terceirizações

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Representantes de diversos sindicatos saem de ônibus com destino a Porto Alegre na manhã desta sexta-feiraRepresentantes de diversos sindicatos saem de ônibus com destino a Porto Alegre na manhã desta sexta-feira
Representantes de diversos sindicatos saem de ônibus com destino a Porto Alegre na manhã desta sexta-feira
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Uma grande mobilização está prevista para sexta-feira em Porto Alegre, a partir das 14h, na Usina do Gasômetro, organizada por diversas centrais sindicais. O evento faz um chamamento para todos os sindicatos do estado enviarem seus representantes. O objetivo é fazer um movimento realmente consistente. Passo Fundo estará representada por militantes de diversos sindicatos. Somente o Sindicato dos Bancários estará saindo com três ônibus na manhã desta sexta-feira com destino a Porto Alegre para participar do movimento. Também confirmaram presença representantes dos Sindicados dos Metalúrgicos e Comerciários.

Em sua página na internet, a CUT do Rio Grande do Sul afirma que a mobilização é “em defesa da democracia, dos direitos trabalhistas, do desenvolvimento e da diversidade”. A programação inclui shows musicais. “Diferente de qualquer outro 1º de maio, esse se caracterizará por um ambiente de profundo combate as pautas conservadoras que emergem do Congresso Nacional, como o PL4330/04, e de qualquer outra forma de precarização dos direitos trabalhistas”, ressalta o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. A atividade é promovida pela CUT, CTB e NCST e a Coordenação dos Movimentos Sociais.

Protestos nacionais

Em nível nacional, CUT, CTB, Intersindical, MST, MTST, CMP, FAF e outras 21 entidades dos movimentos social, estudantil, negro e de mulheres também organizaram protesto para este 1º de maio. A principal motivação é contra o Projeto de Lei 4330 (lei das terceirizações). “Participam do 1º de Maio de Luta Contra o Projeto de Lei 4330 e toda e qualquer retirada de direito da classe trabalhadora, no Vale do Anhangabaú, o ex-presidente Lula, deputados do PC do B, PSOL e PT, além do prefeito de São Paulo Fernando Haddad; e do ministro Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência da República, entre outras autoridades”, avisa a CUT em sua página na internet.

A programação inclui uma caminhada a partir 9h quando os trabalhadores e militantes vão se concentrar em três pontos da cidade de São Paulo, de onde sairão em marcha até o Vale do Anhangabaú, onde a programação do dia de luta tem início, às 10h, com realização de ato ecumênico seguido de ato político-cultural.

Segundo a CUT, o 1º de maio é um dia de luta por ampliação de direitos da classe trabalhadora e de reflexão sobre os direitos conquistados por trabalhador/as de todo o mundo. A história que se tem registro começa em 1886, quando trabalhadores de Chicago (EUA) fizeram uma greve geral para reivindicar redução da jornada de trabalho de até mais de 16 horas diárias para 8 horas. A polícia entrou em confronto. Dezenas de manifestantes foram feridos e alguns mortos. Anos depois, vários países reconheceram a data como feriado, entre eles, o Brasil, a partir de 1925.

As bandeiras

* Em defesa dos direitos, contra o ajuste fiscal

* Em defesa da democracia, contra a intolerância

* Corrupção se combate com o fim do financiamento empresarial de campanha

* Em defesa da Petrobras e do pré-sal, patrimônios do povo

Conlutas também vai realizar protesto

Em São Paulo, a CSP-Conlutas participa do ato que acontece na praça da Sé, organizado conjuntamente com a Pastoral Operária e outras entidades. A razão de não se unificarem ao protesto organizado pela CUT foi justificado: “após o Dia de Paralisação Nacional, tudo confluia para um ato unitário com a CUT, CTB, Intersindical-CCT, MTST, MST e outras entidades. Entretanto, a CUT vetou qualquer possibilidade das entidades levantarem bandeiras ou fazerem referências políticas que fossem contrárias ao governo Dilma. A CSP-Conlutas tem denunciado veementemente o governo federal pelos ataques desferidos contra os trabalhadores, como por exemplo as medidas provisórias 664 e 665 que afetam o auxilio-saúde, aposentadorias e o seguro desemprego”.

De acordo com Silvia Ferraro, da Coordenação Nacional da Central, seria impossível participar de um ato sem defender suas bandeiras. “A política da CSP-Conlutas é aprovada por suas instâncias deliberativas, não vamos participar de um ato onde não poderemos denunciar os ataques promovidos pelo governo Dilma”.

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