A Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS) está prestes a dar início à obra do primeiro prédio da sede própria, que será construído no antigo quartel, em área que foi doada pela União à universidade no ano de 2013. Paralelo a isso, a reitoria e a direção do campus Passo Fundo aguardam a resposta do Exército quanto à doação de outra área, o que ampliaria ainda mais as instalações da universidade.
Da área total do antigo quartel, de aproximadamente nove hectares, uma parte foi doada para as instalações da Polícia Federal, outra parte pertencia à União (aproximadamente cinco hectares) – a que já foi doada à UFFS –, e uma terceira parte pertence ao Exército, que é a que fica na divisa com um prédio comercial, onde está localizado um dos prédios tombados e também ao lado do local onde o município abrirá a rua que dará continuidade à Eduardo de Brito.
“O cronograma da obra da sede própria do campus Passo Fundo é uma realidade parcelada. Não temos como fazer tudo num projeto único, porque senão corremos o risco de não começar a obra do prédio novo, que chamamos de Bloco A”, afirma o reitor da UFFS, Jaime Giolo. De acordo com ele, a obra do novo prédio já foi licitada e o contrato com a empresa vencedora já foi assinado, sendo que faltam apenas alguns trâmites burocráticos para que possa ser assinada a ordem de serviço para início dos trabalhos.
Dentre estes trâmites estão algumas licenças que ainda precisam ser emitidas. “As licenças mais importantes, que são da Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros, já foram conseguidas. Uma das que estamos no aguardo é do setor municipal de licenciamento, mas a prefeitura já nos garantiu que vai agilizar este processo. Podemos dizer que dessa primeira parte da obra já estamos nos ritos finais”, destaca o reitor.
Restauração dos prédios tombados
O restante da obra é um pouco mais complexo, pois envolve um projeto de reforma e restauração de prédios tombados como patrimônio histórico. Esse projeto, mais o que será feito na parte externa, que integram a urbanização do local, está sendo elaborado por professores e alunos do curso de Arquitetura do campus de Erechim. “Esta parte pode atrasar um pouco, porque estamos nessa negociação com o Exército Brasileiro para a cedência da área que ainda é dessa instituição. Desse espaço que estamos negociando faz parte o outro prédio, que fica ao lado do local onde a prefeitura vai abrir a rua”, comenta Giolo.
Com toda essa área, a universidade pretende ter espaço para o funcionamento do curso de Medicina e dos demais que fazem parte do projeto de expansão da universidade. “Teremos espaço suficiente para o curso de Medicina, para os demais cursos que pretendemos instalar e para todo o suporte para que a universidade funcione”, avalia o reitor. De acordo com ele, o andamento de todo o processo para a sede própria está dentro do cronograma da instituição. “Em tese, queremos nos mudar na metade do próximo ano, porque o espaço no seminário está ficando pequeno. Na metade de 2016 já teremos o ingresso da quarta turma de estudantes”, argumenta.