População deve manter os cuidados mesmo durante o frio

Dengue: A Secretaria Estadual de Saúde confirmou nesta semana a segunda morte por dengue no RS

Por
· 1 min de leitura
População tem papel importante no combate à denguePopulação tem papel importante no combate à dengue
População tem papel importante no combate à dengue
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Os cuidados para combater a dengue devem continuar mesmo com a chegada do frio. Os ovos do mosquito aedes aegypti podem sobreviver até 450 dias, mesmo com temperaturas negativas. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou na terça-feira (05) a segunda morte por dengue no Estado, que já registra 684 casos confirmados, sendo 107 importados e 577 autóctones, contraídos no RS. Passo Fundo possui 4 casos confirmados importados até o momento e outros 4 aguardam resultado do laboratório.

O frio é considerado um aliado no combate à dengue. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde, Ivânia Silvestrin, as larvas do aedes aegypti têm mais dificuldade em se reproduzir nas épocas frias, mas a população deve continuar em alerta. “A proliferação é menor, o aedes tem maior resistência em aparecer devido ao frio, mas isso não acaba com a dengue. Temos que nos preocupar durante os 12 meses do ano. Encontramos larvas no inverno com menor frequência, mas encontramos sim”, alertou Ivânia.

Os ovos do aedes aegypti são resistentes. “Chega o frio, tem a diminuição da proliferação, porém os ovos podem permanecer até o próximo verão. Eles sobrevivem, inclusive, a temperaturas negativas”, revelou a a coordenadora do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde.

Situação preocupante

De acordo com dados do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde, Passo Fundo possui até agora 27 notificações suspeitas. Destes, quatro são casos positivos importados, outros quatro aguardam resultado de laboratório e 19 deram negativos. Conforme a última análise da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde, o município possui 272 focos do aedes aegypti e 103 do aedes albopictus. O boletim anterior, no final de abril, registrava 245 focos do aedes aegypti e 100 do albobictus. Os focos neste ano são cerca de cinco vezes maior que os números totais de 2014, que contabilizou 59 focos do aegypti e 20 do albobictus.
Segundo Ivânia, esse aumento significativo no número de focos é uma realidade em todo o país. “O país vive uma epidemia de dengue. Estamos mantendo a intensificação de monitoramento dos focos. A situação é preocupante e estamos em sinal de alerta. Temos municípios vizinhos que estão infestados pelo aedes. Ressaltamos a importância da conscientização da população. Não podemos em hipótese alguma relaxar com o frio”, salientou Ivânia.

Gostou? Compartilhe