Um aniversário que marca o elo pela vida

No primeiro trimestre de 2015, o Hospital São Vicente realizou 24 transplantes

Por
· 2 min de leitura
Altair veio até o HSVP buscar cartazes e panfletos para a festa de aniversárioAltair veio até o HSVP buscar cartazes e panfletos para a festa de aniversário
Altair veio até o HSVP buscar cartazes e panfletos para a festa de aniversário
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

 

A doação de órgãos é um gesto nobre, que através dos transplantes permite a continuidade da vida. O Hospital São Vicente de Paulo incentiva e promove campanha permanente de doação de órgãos com apoio da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) e a Organização Por Procura de Órgãos e Tecidos (OPO4-RS). No primeiro trimestre de 2015, o HSVP realizou 24 transplantes, sendo 17 de córnea, cinco de fígado e dois de rim. Um desses transplantados foi Altair Marques de Oliveira, 39 anos, de Marau, que teve a esperança de vida renovada com o rim que recebeu em fevereiro. O transplante além de alegria e esperança, despertou em Altair o sentimento de gratidão, que então, passou a realizar ações de incentivo a doação de órgãos e tornou-se um multiplicador da causa.

Uma das ações planejada por Altair é o seu aniversário. Ele conta que antes de fazer o transplante pensou em realizar uma festa para comemorar seus 40 anos, pois tinha medo de não ter mais muitos anos de vida, em função do problema renal. “No dia seis de fevereiro, eu estava passeando com meus filhos, quando o Dr. Alaor me ligou para dizer que tinha um rim para mim. Então naquele dia tudo mudou. Logo após a cirurgia, vendo que eu estava bem, pensei que precisava agradecer as pessoas e aos médicos que me ajudaram. Foi aí que pensei na festa de aniversário com o tema da doação, com palestras, decoração e relatos, para que assim as pessoas entendessem a grandeza desse gesto”, ressalta Altair.

A festa será realizada no sábado, nove de maio, no Salão Paroquial São Roque, em Marau e contará com mais de 180 pessoas, entre família, amigos e profissionais do HSVP. O transplantado destaca que muitas pessoas ainda tem receio da doação, e por isso, levar esse assunto até a comunidade e esclarecer as dúvidas é fundamental. “Sempre lembro de um amigo meu que faleceu e tinha o desejo de ser doador, mas a família não aceitou. Por isso acho necessário falarmos sobre esta questão. Os processos são 100% seguros, não há porque ter receio da doação”, enfatiza Altair, enaltecendo ainda que só quem passou por um transplante, consegue dimensionar a importância do gesto da doação. “Cada um vai fazendo sua parte e assim vamos espalhando a ideia da doação. Só quem está na fila porque um órgão sabe como é angustiante a espera e como a vida muda, renasce após o transplante”.

As assistentes sociais da Comissão de Transplantes do HSVP, Gisiane Rodrigues e Franciele de Freitas Gehlen estão apoiando Altair nos preparativos da festa. Elas destacam ainda que é de extrema importância o trabalho de conscientização que está sendo feito, já que há não melhor maneira de demonstrar o significado da doação, do que o relato de um transplantado. “Mostrar para a população o resultado da doação, é a melhor forma de incentivo a doação. Eles estão vivos em decorrência da permissão de uma família à doação de órgãos. É a continuidade da vida”.


Gostou? Compartilhe