O aumento nas vagas de trabalho que foi registrado em Passo Fundo nos meses de fevereiro e março não se repetiu em abril. O saldo do quarto mês do ano foi de 36 vagas extintas, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado representou uma queda de 0,06%. O setor que mais demitiu foi o comércio, que perdeu 119 vagas. Além deste, o outro setor a demitir mais que contratar foi a agropecuária. Os demais tiveram saldos positivos.
No mês de abril o melhor resultado foi novamente no setor de serviços que, mesmo ante a crise, criou 84 vagas celetistas. A indústria de transformação teve um incremento de 10 postos de trabalho. E a construção civil teve cinco contratações a mais que demissões. Apesar no resultado negativo, no ano Passo Fundo ainda tem mais contratações que demissões, num saldo de 304 vagas formais de trabalho em relação a igual período do ano passado.
Se o resultado do município não foi tão bom, o do estado é um dos piores dos últimos tempos. O Rio Grande do Sul perdeu 7.278 empregos celetistas em abril, equivalente a uma redução de 0,27% e relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. O resultado foi bastante influenciado pelo comércio, que perdeu 3.044 postos. O segundo pior resultado foi da indústria de transformação, com queda de 2.620 empregos, seguido da agropecuária, que perdeu 1.732 vagas celetistas.
Com a queda registrada no quarto mês do ano, Passo Fundo ficou na 36ª posição no estado entre os municípios com mais de 30 mil habitantes. Os melhores resultados foram dos municípios de Venâncio Aires – com saldo de 803 vagas criadas, Santa Cruz do Sul (570 vagas), Rio Grande (241) e Vacaria (109 vagas).
No país, emprego teve queda de 0,24%
O Caged registrou em abril um declínio de 0,24% no estoque de empregos formais no país, o que representa uma redução de 97.828 postos de trabalho, resultado de 1.527.681 admissões contra 1.625.509 desligamentos.
Entre as Unidades da Federação, cinco elevaram o nível de emprego formal: Goiás (+2.285 postos), Distrito Federal (+1.053 postos), Piauí (+612 postos), Mato Grosso do Sul (+369 postos) e Acre (+95 postos). Os estados onde o recuo foi mais acentuado foram Pernambuco (-20.154 postos) e Alagoas (-13.269 postos), cujos declínios foram influenciados, em grande medida, pelo desempenho do subsetor de produtos alimentícios, relacionado às atividades de fabricação de açúcar em bruto; e no Rio de Janeiro (-12.599 postos), resultado ligado ao setor de serviços e à indústria de transformação. Em São Paulo, a redução foi de 11.076 postos, principalmente pela queda no comércio.