OPINIÃO

Coluna Adriano da Silva

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Exportações
Segundo estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE), o Brasil nunca exportou tanta soja em um mês como em maio passado. Mas, apesar desse volume recorde, a receita encolheu.(…)Mas o menor preço médio da soja neste ano é uma má notícia para a balança comercial brasileira. Após ter atingido US$ 31,4 bilhões com as exportações do ano passado, o complexo soja (soja em grãos, farelo e óleo) deverá render apenas US$ 23,4 bilhões neste ano.

Competitividade em baixa
O Brasil caiu para sua pior classificação no ranking mundial de competitividade, chegando ao 56° lugar em 2015, de acordo com estudo desenvolvido pelo International Institute for Management Development, em parceria com a Fundação Dom Cabral. O Brasil perdeu posições pelo quinto ano consecutivo, ficando à frente apenas de Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela. Em 2010, a posição brasileira era a 38º. A lista é liderada por Estados Unidos, Hong Kong, Cingapura, Suíça e Canadá.

PIB em baixa
A retração de 0,2% da economia brasileira no primeiro trimestre destoa do resultado dos rivais emergentes no período. Apenas Ucrânia (queda de 6,5%,como consequência do conflito com a Rússia), Estônia (-0,3%) e Indonésia (-0,2%)viram seu PIB encolher, considerando os países em desenvolvimento que já divulgaram seus resultados de janeiro a março. Na América Latina, apenas México e Chile também já publicaram seu resultado do primeiro trimestre. No caso dos mexicanos, houve alta de 0,4%, e dos chilenos, 1%.

Boletim Focus
 O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na última segunda-feira, prevê avanço maior, pela sétima semana seguida, da inflação neste ano, o índice passou de 8,37% para 8,39%.  Já a projeção para o crescimento do PIB em 2015 sofreu nova redução, passando de -1,24% para -1,27%. A estimativa para a taxa Selic no final do ano passou de 13,75% para 14%. Mais aumentos de juros, menor o crédito e a atividade econômica vai esfriando.

PIB X Popularidade
O governo reduziu a projeção de crescimento da economia no próximo ano, de 1,3% para 1%, e aumentou ligeiramente a estimativa para o valor do salário mínimo. A expectativa agora, é que o mínimo passe de R$ 788 para R$ 855 em janeiro de 2016. Por enquanto, o governo trabalha com a projeção de alta de 8,26% do IPCA em 2015 (projeção anterior era de 8,2%). A estimativa é que a inflação baixe para 5,6% no ano que vem, e atinja o centro da meta, de 4,5%, apenas em 2017.

A montanha pariu um rato
A condução da reforma política foi um desastre, ao atropelar a comissão especial para discutir e propor a reforma política, que era para ser uma montanha pariu ratos. O acordo de Eduardo Cunha, Presidente da Câmara dos Deputados com o “baixo clero”, tribo de pequenos partidos, produziu uma deformidade maior do que o esperado. Em troca dos votos dos nanicos à emenda que enfiou na Constituição o financiamento privado das eleições, Cunha ajeitou para que as coligações fossem mantidas e para que a barreira não barrasse.

Diante disso, caiu a ficha que a reforma propaganda pelo Presidente da Câmara, não tinha nada de idealismo e muito menos o propósito de servir a sociedade, a busca pelo sistema ideal, transformou-se na busca do sistema possível que enredou-se para a força do sistema que empurra o noticiário político para baixo: o dinheiro

BNDES transparente
BNDES emprestou US$ 11,9 bi para projetos de empreiteiras no exterior, com juros de 2,8% a 8,6% ao ano e garantias do próprio Tesouro Nacional. As taxas começam em 2,8% ao ano e podem chegar a 8,6% - um único caso, pago pela República Dominicana para a construção da Hidrelétrica de Piralito. Um dos números revelados nesta terça-feira, 2, foi o dos contratos para financiamento do porto de Mariel, em Cuba, sempre defendido com veemência pela presidente Dilma Rousseff como “um bom negócio” para o Brasil. Pelas cinco parcelas que somam US$ 642,97 milhões de financiamento - garantidos pelo seguro de crédito do FGE - Cuba pagou entre 4,4% e 7% de juros. Já a Venezuela, que obteve 1/5 dos valores emprestados pelo BNDES entre 2007 e 2015, para quatro obras, conseguiu juros menores, entre 3,45% e 4,45%.

 Adriano é Coordenador do Curso de Administração da IMED

 

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