Promoter
Para o economista Delfim Neto, o governo precisa dizer: eu existo. Propor programas factíveis que devolvam confiança a sociedade. Economia é só expectativa. Desenvolvimento é um estado de espírito. Nós vamos voltar a crescer. É preciso dar à sociedade um pouco mais de tranquilidade. Essa era a vantagem do Lula. O Lula é um promoter.
Plano safra
Na tentativa de conseguir uma agenda positiva, foi lançado o plano safra pra 2015/2016 na ordem de R$ 187 bilhões, muitos economistas ligados ao agronegócio questionam a participação do governo nos valores disponibilizados, uma vez que esse montante vem dos depósitos compulsórios que os bancos são obrigados a fazê-los sem remuneração do Banco Central e que são repassados para os produtores obedecendo regras bancárias rígidas que muitas vezes deixam de fora ao crédito parte dos produtores. Em planos anteriores os valores disponibilizados nunca foram utilizados integralmente. Sempre há uma sobra. O alarde de que ouve um aumento de 14,8% em relação ao plano anterior, é uma tremenda bobagem, uma vez que o plano anterior teve um aumento de pouco mais de 20%. A alegação do governo, é de que o aumento de 1 ponto percentual na taxa de juros não é nada. Alegação essa, que não passa de uma mentira, uma vez que 1 ponto percentual encarece em quase 18% o custo da produção agrícola.
Impostômetro
O total de impostos, taxas e contribuições pago pelos brasileiros neste ano alcançou R$ 900 bilhões no dia 09 de junho, às 15h, de acordo com o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). No ano passado, esse valor foi atingido somente em 20 de junho, o que mostra o aumento da carga tributária brasileira. "Isso se deve ao fim das desonerações em alguns setores, mas também ao aumento de alíquotas e ao tarifaço", diz o presidente da ACSP, Alencar Burti, em nota.
Em alta
O desemprego do país fechou o trimestre encerrado em abril em 8%, acima do verificado em igual período de 2014, que foi 7,1%. É a maior taxa de desemprego desde o trimestre encerrado em março de 2013. No trimestre encerrado em janeiro, imediatamente anterior ao analisado, o desemprego foi de 6,8%. Os dados foram divulgados pelo IBGE e fazem parte da Pnad Contínua.
Em baixa
A indústria reduziu a produção em sete de cada 10 produtos em abril, na comparação ao mesmo mês de 2014. O IBGE acompanha 805 produtos que saem das fábricas brasileiras. Desse total, 70,1% tiveram uma produção menor em abril. A última vez em que menos da metade dos produtos acompanhados teve queda de produção foi em fevereiro do ano passado (42,4%). A situação é ainda pior em bens de consumo duráveis (como automóveis e eletrodomésticos), com 80% dos produtos pesquisados em queda.
Melhorando
A retração das importações brasileiras se intensificou em maio. Com menos produtos importados, o país fechou o mês com superávit comercial de US$ 2,761 bilhões, o mais alto deste ano. Em 2015, no entanto, o Brasil ainda acumula um déficit de US$ 2,305 bilhões, como resultado dos saldos negativos acumulados nos dois primeiros meses do ano.
Adriano é Coordenador do Curso de Administração da IMED