Vila Luiza tem maior número de focos

Mapeamento consolidado aponta a existência de 143 focos do mosquito Aedes albopictus e 457 do Aedes aegypti

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Diariamente os agentes de endemias da Vigilância Ambiental em Saúde realizam o trabalho de fiscalização e conscientização da população para o controle da proliferação dos mosquitos transmissores da dengue e da febre chikungunya. O trabalho de visitação às residências nem sempre é fácil e a principal barreira encontrada pelos profissionais é o preconceito de alguns moradores em recebê-los. Esse problema vem sendo enfrentando desde o início das ações, mas se tornou mais preocupante desde que foi confirmado o primeiro caso autóctone de dengue em Passo Fundo.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde, Ivânia Silvestrin, o entendimento da população de que não pode manter locais com água parada e sem tratamento é a forma mais eficaz de reduzir o aparecimento do mosquito e, com isso, evitar novos casos da doença. Além disso, mesmo com o período do inverno chegando, os cuidados devem ser os mesmos, especialmente porque esta costuma ser uma estação chuvosa o que favorece o acúmulo de água parada, seja em pequenos recipientes que podem estar nos pátios, ou em piscinas, garrafas e pneus.

Outro fator importante é que, diferente dos anos anteriores, atualmente já foi constatada a existência de focos dos mosquitos transmissores e quase todos os bairros de Passo Fundo. Segundo o levantamento de dados mantido pelo Núcleo de Vigilância, apenas a região do bairro Zachia não apresenta focos do mosquito. Nas demais regiões da cidade foram encontrados focos em todas. A área com maior número é o Setor Vila Luiza, que compreende além deste bairro, a Vila Tupinambá, a Vila Jardim, a Vila Ambrozina, a Vila Boa Vista, a Vila Guilherme Morsh e o Loteamento Edu Reis. A segunda região com maior número de focos é o Setor Lucas Araújo que compreende, além do Bosque, a Vila Schell, a Vila Reis, a Vila Simon, a Vila Carmen e o Loteamento Dom Rodolfo.

Casos confirmados
Até o momento Passo Fundo teve a confirmação de nove casos de dengue. “Tivemos este ano, até agora, 44 notificações por casos suspeitos. Desses, nove se confirmaram, sendo oito importados e um autóctone”, comenta Ivânia. No Rio Grande do Sul são 3.299 casos suspeitos de dengue, dos quais 1.154 foram confirmados. Dentre os confirmados, 176 (15,3%) são importados (contraídos fora do estado) e 978 (84,7%) são autóctones (contraídos no RS). 

Os municípios que apresentam casos autóctones, além de Passo Fundo são: Alvorada, Boa Vista do Sul, Caibaté, Campina das Missões, Carazinho, Cerro Largo, Entre-Ijuís, Erval Seco, Giruá, Guarani das Missões, Horizontina, Ibirubá, Mato Queimado, Novo Tiradentes, Panambi, Porto Alegre, Porto Xavier, Redentora, Rosário do Sul, Santa Rosa, Santiago, Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, Sarandi, Torres e Viamão. 

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