Sem definição

Depois de três tentativas frustradas de venda, a unidade da Cesa de Passo Fundo segue desativada, entregue ao descaso e sem qualquer definição para o futuro

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Situada em área nobre e privilegiada, a unidade da Companhia Estadual de Silos e Armazéns - Cesa - de Passo Fundo está desativada há mais de três anos. Hoje, o cenário é de descaso: além do mato que cresce no local, há valetas e espaços inativados onde a água se acumula e fica parada, transformando-se em potencial foco de mosquitos da dengue. A unidade, que foi inaugurada na década de 1960, possui uma área de 24 mil metros quadrados e está à venda desde 2011, como forma de cobrir um déficit milionário no caixa da companhia, gerado, especialmente, por dívidas trabalhistas. Não deu certo. Depois de três tentativas e nenhum comprador, a unidade permanece sob a administração do Estado e, ainda que a nova gestão priorize o funcionamento e reativação das unidades, no município a situação se complica: localizada na Avenida Brasil e dentro da cidade, questões como o trânsito, meio ambiente e o estado precário em que se encontra a estrutura, impedem que a unidade volte a funcionar. Sem definição sobre o futuro do local, a Cesa analisa as alternativas.

Relembre

Três tentativas, nenhum comprador
A unidade da Cesa de Passo Fundo, que parou de funcionar em 2011, em função da falta de investimentos do governo, foi colocada à venda, pela primeira vez, em dezembro do mesmo ano. Um edital de leilão saiu, com um valor inicial de mais de 15 milhões de reais, avaliados por serviços imobiliários particulares e por um avaliador do Estado, mas nunca houve lance. Na época, um novo edital foi publicado e, novamente, a venda não aconteceu.

Mais tarde, um leilão na modalidade concorrência tipo maior preço, marcado para setembro de 2013 e com um lance mínimo de 19,5 milhões, foi suspenso devido uma ação do Sindicato dos Auxiliares de Administração de Armazéns Gerais do Estado (Sagers) que garantiu na Justiça uma liminar impedindo a venda da unidade. Entre as justificativas consideradas pela 19º Vara do Trabalho de Porto Alegre, estavam centenas de processos trabalhistas, reclamatórias na Justiça do Trabalho e, ainda, o cadastro no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas. 

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