Encontro reúne mais de 800 fuscas e derivados

O Passo Fundo Volks Jam #15 aconteceu neste final de semana e levou cerca de 10 mil pessoas ao Parque de Exposições Wolmar Salton

Por
· 2 min de leitura
Marcelo viajou durante 27 horas de Piracicaba/SP até Passo Fundo com seu fusca customizadoMarcelo viajou durante 27 horas de Piracicaba/SP até Passo Fundo com seu fusca customizado
Marcelo viajou durante 27 horas de Piracicaba/SP até Passo Fundo com seu fusca customizado
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Um carro popular, com velocidade máxima de 100 km/h, que enfrentasse subidas de até 30% de inclinação e que consumisse 7 litros a cada 100 km levando, pelo menos, quatro pessoas, que custasse no máximo mil marcos imperiais e, principalmente, que fosse refrigerado a ar. Foi assim, cheio de especificações do ditador Adolf Hitler, que surgiu o Fusca. O que deveria ser apenas um carro econômico e barato ganhou ares de coleção, fez parte de muitas histórias e virou até filme e, desde que deixou de ser fabricado, na década de 1980, reúne uma família de apaixonados por onde passa. E este final de semana foi de reunião de família. O Passo Fundo Volks Jam #15 aconteceu no Parque de Exposições Wolmar Salton e reuniu 820 apaixonados por carro no Encontro Sul Americano de Fuscas e Derivados.

De acordo com a vice-presidente Passo Fundo Fusca Clube, Vânia Vieira, durante o sábado (20) e o domingo (21) passaram pelo parque cerca de 10 mil pessoas para conferir os carros em exposição, superando a expectativa da organização. Os fucas vieram dos mais diversos cantos do país, entre eles São Paulo, Santa Catarina e Paraná, além de países vizinhos como a Argentina e o Uruguai. Para Vânia, o maior encanto do carro está em reunir pessoas de todas as idades. “O fusca tem essa particularidade, ele consegue atingir dos 8 aos 80 anos, porque a criança gosta e a pessoa de mais idade geralmente já teve um fusca, tem uma história com o carro. É bacana que você consegue atingir vários públicos”, comenta.

E tem Fusca para todos os estilos, desde os originais até os customizados, como o do paulista Marcelo Rafael Pereira que rodou 1.205 km durante 27 horas para vir de Piracicaba até Passo Fundo – ele ganhou o prêmio de 2º lugar em maior distância rododa – mostrar seu Fusca cheio de objetos, no mínimo, diferentes. O Fusca era uma paixão antiga, mas demorou 12 anos para que Marcelo conseguisse comprar o carro do tio de uma ex-namorada. “Sempre tive interesse em comprar, mas ele não vendia, fiquei 12 anos esperando. Esse carro virou uma paixão”, conta. Comprado o carro, Marcelo resolveu deixá-lo de um jeito mais divertido. Apesar de ter mantido o veículo original, aproveitou seu depósito de sucatas e começou a montar o carro. Hoje, em cima do carro tem de tudo: relógios, gaiolas, placas, caveiras e até alguns ratinhos que, segundo Marcelo, são seus preferidos. Marcelo não tem ideia da quantidade de coisas que colocou no Fusca, mas garante que só entraram os objetos mais raros e inusitados, além dos presentes que ganhou dos amigos. E o melhor de tudo é que nem deu tanto trabalho assim, segundo ele foram apenas dois dias para montar o carro todo. No fim, tanto para Marcelo quanto para Vânia, não importa o estilo, o que vale é mostrar todo o amor que eles têm pelo carro. “O fusca é seu você faz o que achar melhor, como você se identificar, cada um acha seu próprio estilo para manter seu carro”, finaliza Vânia. 

Gostou? Compartilhe