Servidores do Judiciário estadual devem entrar em greve a partir de hoje. A decisão foi acertada em assembleia realizada na última sexta-feira. A expectativa é de que a greve atinja 60% das comarcas do Rio Grande do Sul. Apenas os 30% devem ser mantidos para atendimento dos serviços essenciais. Trabalham no Poder Judiciário gaúcho 6,7 mil servidores efetivos e 1,3 mil em cargos comissionados. A categoria pede 15% de reajuste salarial e que o plano de carreira seja previamente negociado com os servidores. Na assembleia, o sindicato criticou duramente os benefícios dos magistrados, que segundo, a entidade, acabam inviabilizando a concessão de vale-alimentação. A última greve da categoria ocorreu em 2012.
Servidores federais
Servidores da Justiça Federal, do Trabalho e do Tribunal Regional Eleitoral, se reuniram ontem para avaliar a greve da categoria, iniciada no último dia 9, e definir futuras estratégias. A adesão na região é de aproximadamente 60%. O encontro aconteceu no galpão da Justiça Federal e reuniu servidores de Passo Fundo, Carazinho e Erechim.
As expectativas estão voltadas para o dia 30 de junho, quando finalmente deverá ser votada no Senado, o Plano de Cargo e de Salário (PLC 28/15), da categoria. Como não há uma data-base para estes servidores, o aumento do salário está condicionado à aprovação da lei. O PLC já deveria ter sido votado no mês de maio pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado (CCJC), mas teve de ser adiada por falta de quórum.
Um dos diretores do Sintrajufe-RS, Neri Cavalheiro, explica que a categoria está programando um ‘apagão’ para os dias 29 e 30 de junho para pressionar a votação. Nestes dois dias, a paralisação seria de 100%, incluindo até mesmo os 30% previsto para manutenção dos serviços considerados essenciais. “A intenção é parar tudo mesmo. Também teremos uma caravana em Brasília representando os servidores aqui da região” afirma.