Após o baile de debutantes de 16 jovens carentes, realizado em novembro do ano passado, no bairro Integração, o Policiamento Comunitário de Passo Fundo lança mais uma iniciativa dentro da política de aproximação entre polícia e comunidade. Hoje à noite acontece a primeira reunião sobre o casamento coletivo previsto para o mês de outubro, no bairro José Alexandre Záchia. O lançamento do projeto está marcado para às 20h, na escola Guaraci Barroso Marinho.
Pelo menos 20 casais devem participar da cerimônia, que contará com a banda da Brigada Militar de Porto Alegre. Antes de confirmarem o sim, os noivos terão de passar por uma sequência de palestras preparatórias previstas no projeto. Durante duas vezes por mês até a data da cerimônia civil e religiosa, o casal terá informações sobre: saúde da família, direito de família e civil, proteção da família através da Lei Maria da Penha, terapia para casais , cerimônia civil e religiosa. As palestras, segundo o tenente Daisson de Andrade da Silva, comandante do 1º Pelotão do 2º Esquadrão de Polícia Comunitária, terão duração de, no máximo, duas horas, para cada tema específico. Elas acontecerão na Escola Municipal Guaraci Barroso Marinho, e serão ministradas por convidados da Brigada Militar. Ainda sem uma data definida, a cerimônia será no ginásio da escola. A intenção é buscar parceiros do projeto para decoração do local e instalação do equipamento de som. Os colaboradores poderão divulgar seus estabelecimentos através de banner, ou ser citado na cerimônia.
Para participar do Casamento Comunitário, é necessário residir no bairro Záchia, ter renda familiar igual ou inferior a dois salários mínimos federais, possuir toda a documentação necessária para submeter-se à habilitação para casamento e não ter qualquer impedimento legal para casar-se. Os interessados já estão pré-cadastrados pela Brigada Militar.
Policiamento comunitário
O modelo de policiamento comunitário adotado pela Brigada Militar de Passo Fundo chamou a atenção da polícia japonesa, pioneira neste tipo de atuação, cuja essência é a integração do policial na comunidade em que atua. Na terça-feira, o perito da polícia japonesa, Koichi Maruyama, esteve em Passo Fundo para conhecer o trabalho e ficou surpreso ao constatar que o modelo não adota postos fixos nos bairros, como acontece no Japão.