Tenho mil ideias sobre o que escrever nesse espaço que gentilmente o jornal O Nacional dedica ao tema. Mas hoje decidi comentar algo que me surpreendeu muito nesse período de gestação do Miguel: a solidariedade entre mamães.
Claro que sempre pensei que ao engravidar, esse tema tomaria proporções amplas do meu tempo. Sou curiosa e adoro perguntar e conversar. Mesmo assim fui surpreendida, e muito positivamente. Uma amiga, a Verônica Muccini, mamãe do João Henrique, me convidou para um grupo no whats intitulado “Mamães”. Em seguida veio o convite para integrar outro grupo no facebook chamado “Papo de Mãe”. E dali em diante, uma enxurrada de conhecimento sendo adquirido, troca de experiências, opiniões, de discussões saudáveis e de muito aprendizado.
O que chamou minha atenção foi exatamente a disponibilidade das mães em ajudar outras mães. Ainda não tenho meu pequeno Miguel nos braços, mas sinceramente acredito que a rotina com um bebê em casa é tumultuada, no mínimo. Aí uma mamãe de primeira viagem, que muitas vezes nem é conhecida pessoalmente por boa parte do grupo, pede informação sobre a melhor fase de levar o bebê ao dentista, ou sobre qual o melhor banco para encaixar a cadeirinha no carro, ou ainda sobre como as demais mães lidam com as dificuldades na introdução de alimentos, as dúvidas em relação ao sono, ao uso ou não da mamadeira, entre tantos e tantos outros assuntos. O que acontece? Uma avalanche de opiniões, dicas, exemplos do que deu certo e do que não funcionou. Uma impressionante corrente solidária pronta a auxiliar essa nova mãe com suas angústias e disponível a ajudá-la.
Isso sem falar nas dicas sobre o que é útil ou não comprar antes de o bebê nascer. Sim, porque a sociedade do consumo nos impõe uma série de itens “indispensáveis” ao bom desenvolvimento do nosso pequeno rebento e quem é mamãe de primeira viagem sabe que a tendência é que nossa ansiedade nos faça consumir antes de saber se é útil, prático, importante. Pois as mamães que já passaram por isso ajudam as demais e inclusive se dispõem a emprestar itens pouco usados, como ocorreu comigo ao pedir sobre o moisés neonato, aquele bercinho que se usa poucos meses e que consegui emprestado dia desses num desses grupos.
A maternidade é um momento muito rico, mas também muito delicado e cheio de dúvidas. Nada como contar com a solidariedade de mamães amigas, dispostas e interessadas, que nos dão super dicas, ajudam nas questões práticas do dia a dia e, mais importante que tudo, não nos cobram. Por outro lado, nos compreendem e tornam esse momento ainda mais especial.