OPINIÃO

Coluna Adriano

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Boletim Focus
O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, prevê avanço maior, pela 14ª semana seguida, da inflação neste ano, o índice avançou de 9,12% para 9,15%. Já a projeção para o PIB em 2015 passou de -1,5% para -1,7%. E a estimativa para a taxa Selic no final do ano permaneceu em 14,5%.

Meta Fiscal
O governo tem superávit perto de zero no primeiro semestre de 2015 e se afasta da meta fiscal. Tesouro, Previdência e Banco Central terão de economizar R$ 55 bilhões a partir deste mês para que a meta estabelecida para 2015 seja alcançada. Em meio a uma disputa interna no governo sobre o tamanho do aperto nas contas públicas neste ano, a equipe econômica defende que reduzir a meta fiscal pode até levar a um aprofundamento do arrocho e elabora medidas para tentar assegurar a economia de 1,1% do PIB estabelecida pela meta. A ala política quer baixá-la para 0,6%.

Grau de investimento
O Brasil entrou para o grupo de países que possuem o título de grau de investimento e passou a ser considerado, pelas agências de avaliação Standard & Poor's (S&P) e Fitch Ratings, como uma economia de baixo risco de inadimplência. A partir desta premiação, as aplicações financeiras feitas por investidores estrangeiros no país terão risco próximo a zero. O que está em jogo no atual cenário do Brasil é que se não alcançarmos nenhuma meta fiscal proposta perderemos o grau de investimento com sérias repercussões, no mercado, política, econômica e social. Sugiro ficarmos atento ao isolamento do Ministro Levy e aos desdobramentos da crise política. Caso a crise política avance, o BACEN deverá elevar a taxa de juros, juros maiores é igual menor consumo, bem como aumento do desemprego.

Correlação
A renda per capita no Brasil está caindo é o que aponta um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI), para o ano de 2015 a renda projetada será de US$ 9.312, enquanto que há 5 anos, quando Dilma assumiu, era de US$ 11.300. Talvez isso contribua para explicar os resultados da pesquisa CNT/Instituto MDA divulgada no dia 21 de julho, onde a mesma revela que a avaliação positiva da presidente Dilma Rousseff caiu de 11% para 7,7% dos entrevistados, em julho, se comparado com a última sondagem realizada pelo instituto, em março. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões, entre os dias 12 e 16 de julho de 2015. Este resultado revela o pior desempenho da série histórica das pesquisas da CNT, que começaram em julho de 1998. Até então, o pior índice de aprovação foi do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em setembro 1999, com 8%.

Reflexão
Muitas vezes nos queixamos que não existe espaço para o novo na sociedade. Mas o que tem-se observado é que o novo existe. O novo está ávido para assumir riscos, gerar novos negócios desbravar a nova economia. Segundo André Perfeito, economista –chefe da corretora Gradual Investimento “o problema do Brasil não é econômico, é político. E mais que político, é um problema de mentalidades”.

 Adriano é Coordenador do Curso de Administração da IMED

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