Atestado de saúde animal deve ser apresentado

Circular do Ministério da Agricultura passa a exigir atestado negativo do Mormo, doença que atinge cavalos

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Para participação em rodeios e atividades que reúnam os animais, proprietários deverão apresentar examePara participação em rodeios e atividades que reúnam os animais, proprietários deverão apresentar exame
Para participação em rodeios e atividades que reúnam os animais, proprietários deverão apresentar exame
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A partir de agora, para participar de eventos tradicionalistas, até mesmo do Desfile de 20 de Setembro, proprietários de cavalos precisarão comprovar, através de atestados médico, que os animais não estão contaminados com o Mormo, doença infectocontagioso que acomete equinos e também cães. Nesta sexta-feira, representantes da 7ª Região Tradicionalista estarão em Porto Alegre para discutir o assunto e definir alguns procedimentos. “Estamos preocupados no sentido de ocorrerem problemas na aglomeração dos animais inclusive  nas cavalgadas da Chama Crioula e no desfile do dia 20”, pontua  Gilda Galeazzi, coordenadora da  7ª RT.

A circular do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) foi enviada para todos os órgãos gaúchos e vale do dia 2 de junho até o dia 2 de dezembro, exigindo o exame. “No dia 2 de junho foi comprovada a ocorrência de um foco de Mormo numa propriedade localizada no município de Rolante. Em razão desse episódio, o Estado perdeu a condição de “livre da doença mormo” e, em consequência, todos os equinos, para obterem a Guia de Transito Animal – GTA, deverão ser submetidos ao exame da doença e obter o resultado negativo. Permanecem as exigências do exame na anemia e da vacina da influenza”, informou nota oficial do Movimento Tradicionalista Gaúcho.

O exame  da doença tem validade de 60 dias. Além disso, o entrave está no fato do RS não ter nenhum laboratório credenciado apto para realizar os exames. “Existe apenas um laboratório capacitado no Brasil, localizado em São Paulo. Se for atestado que o animal está doente é preciso ainda realizar contra prova, feita em apenas em Pernambuco. Todo este processo leva mais de 40 dias, além de ser muito caro, inviabilizando os exames”, explica Gilda. A ausência de GTA pode acarretar a multa de até R$ 1.500 por animal e de R$ 15.000 para o promotor do evento.  “Queremos dialogar com o governo pois somos a favor do cumprimento da normativa, mas para ser cumprida, precisamos de mais opções, de uma solução viável”, destaca a coordenadora.

A doença
O Mormo é uma doença infectocontagiosa que acomete cavalos, mas também pode ser contraída pelos cães. Nos cavalos, os sintomas apresentados são febre, problemas pulmonares, nódulos no couro e secreção nasal. A infecção por esta bactéria se dá através do contato com fluídos corporais dos animais doentes e não possui cura. A coleta de material (soro) para enviar para exame pode ser feita por veterinário cadastrado junto a Secretaria da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (SEAPA), para isso devem procurar as inspetorias veterinárias e preencher as condições definidas.


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