Em meio à correria do dia-a-dia, um olhar para o alto. Lá, em meio a duas torres, o característico – e tradicional – relógio da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida parece ditar o ritmo de uma cidade em desenvolvimento. Ou, pelo menos, parecia: há três meses o relógio está parado e a espera de um conserto. Desta vez, o problema não é só ajustar a hora ou uma ou outra engrenagem danificada. O relógio todo está com problemas e a dificuldade para colocá-lo em funcionamento acontece porque há poucas pessoas que ainda trabalham com isso e o técnico responsável pela manutenção do equipamento em Passo Fundo mora em Passo Fundo e faz esse serviço em diferentes regiões do Estado.
Construído em 1951, pela Schwertner, empresa familiar que nasceu em 1924 com o objetivo de produzir e instalar relógios em torres de igrejas e prédios públicos, o relógio passou, nos últimos tempos, por diversas manutenções que amenizaram a ação do tempo nas engrenagens. Agora, o equipamento aguarda o conserto que vem da região metropolitana para que o relógio volte a funcionar. O mecanismo do relógio e do sino são separados e, por isso, as tradicionais badaladas continuam ecoando pela cidade. No equipamento, há três martelos de tamanhos diferentes acionados por correias. Dois deles, um maior e outro menor, são acionados quando a hora marca o quadrante de 15 minutos, executando duas batidas. O outro, maior, marca as horas cheias, emitindo badaladas em tons mais altos. O acionamento dos martelos funciona através de uma correia e uma espia que executam o movimento de soltar o martelo sobre o sino emitindo as badaladas.
