Esta terça-feira deve ser marcada por mobilizações estudantis. De manhã, os alunos da rede pública de algumas escolas devem se encontrar, às 10h, na Praça da Mãe, em frente ao Colégio Fagundes dos Reis. Segundo o presidente do 7º Núcleo do Cpers, Orlando Marcelino, todas as escolas foram orientadas pelo comando de mobilização a participar das atividades que os estudantes estão organizando. “Algumas escolas vão fazer uma programação pedagógica específica em relação ao dia do estudante e outras vão acompanhar os alunos que devem convergir para o centro da cidade, provavelmente em frente ao Fagundes”. Os professores da Escola Estadual Protásio Alves, por exemplo, irão acompanhar os alunos, que se mobilizam em apoio à luta dos educadores. A organização é dos grêmios estudantis com o apoio do sindicato dos professores.
No turno da noite, os acadêmicos da Universidade de Passo Fundo vão se encontrar em frente ao Diretório Central de Estudantes (DCE), às 19h. Segundo a presidente do DCE, Larissa Gehlen, a mobilização estava marcada para acontecer na quarta-feira, mas foi adiantada para hoje em razão do dia do estudante. “O motivo são as medidas de cortes na educação que o Governo Federal vem tomando e a grave situação em que se encontram Universidade, acadêmicos e estudantes em geral já que agora o acesso à educação superior está dificultado”. Conforme ela, o governo federal deve recursos para a instituição e o não pagamento dessa dívida coloca os alunos em uma situação de alerta. “Sabemos da importância do Fies pra nossa instituição, cerca de 30% dos alunos da UPF possuem Fies e isso corresponde a 32% do orçamento da instituição. Já estamos sentindo os cortes, tanto na qualidade da universidade quanto na própria permanência dos colegas em sala de aula”.
Servidores públicos
Amanhã, 12, é a vez dos servidores públicos estaduais saírem às ruas. Organizada pela Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do RS (Fessergs), a mobilização deve reunir os servidores de todas as áreas. Outras reuniões já aconteceram em várias cidades do interior, como Santa Maria, Pelotas e Livramento, com o objetivo de chamar à assembleia geral no dia 18, em Porto Alegre, em que pode ser deflagrada uma greve da categoria. A medida é uma resposta ao parcelamento de salários, anunciada pelo governo do Estado, no último dia 31. A orientação da Coordenação Unificada é paralisar as atividades de todo o funcionalismo público da cidade durante todo o dia. Para os professores, conforme Marcelino, na parte da manhã acontecerá uma assembleia regional na escola EENAV a partir das 8h30, onde o Cpers vai tomar posicionamento sobre a greve. “O conselho regional que prepara a assembleia já indicou essa possibilidade”. À tarde, na Praça da Mãe, às 14h, acontecerá um ato e, posteriormente, uma caminhada pela Avenida Brasil até o centro da cidade.
Em nota, a Brigada Militar convocou todos os policiais e seus familiares a participarem do ato. O local de concentração será em frente ao Regimento, na Avenida Presidente Vargas, às12h30, de onde os policiais sairão em caminhada até o centro. A Polícia Civil também deve participar.
No domingo (16) um grupo contra o governo Dilma irá às ruas de Passo Fundo. Jesael da Silva, apoiador da manifestação, explica que o objetivo é “reunir pessoas em torno da mesma ideia: Fora Dilma”. O encontro também será na Praça da Mãe, às 14h. De acordo com Silva, na primeira mobilização compareceram cerca de 10 mil pessoas. Na segunda, em torno de 3 mil. Nesse evento, o objetivo dos organizadores é ultrapassar o último número. “Dentro do grupo de pessoas que são simpáticas ao movimento estão aquelas que defendem a ideia do impeachment, outras da derrubada da chapa e por aí vai. Inclusive nos dois últimos, no carro de som quem queria falar já recebia o aviso: não é sobre intervenção. Os adeptos desta ideia até foram poucos. Um ou dois cartazes caminhando na Avenida nas últimas edições”, explica ele.