Reciclagem: Falta conscientização

Mesmo com os contêineres destinados à separação do lixo, população ainda mistura os resíduos e dificulta trabalho dos recicladores

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Material que chega ao aterro é triado pela Recibela, transformado em fardos e vendido. Renda gerada beneficia atualmente cerca de 27 famíliasMaterial que chega ao aterro é triado pela Recibela, transformado em fardos e vendido. Renda gerada beneficia atualmente cerca de 27 famílias
Material que chega ao aterro é triado pela Recibela, transformado em fardos e vendido. Renda gerada beneficia atualmente cerca de 27 famílias
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Há cinco anos a Cooperativa de Trabalho dos Recicladores do Parque Bela Vista (Recibela) atua na intenção de aliar o sustento às famílias de recicladores e a preservação ambiental, amenizando a quantidade de lixo acumulado no aterro sanitário de Passo Fundo. A cooperativa, localizada na linha São João da Bela Vista, é formada atualmente por 27 trabalhadores que realizam a triagem dos resíduos recebidos diretamente dos caminhões da coleta comum.

Também em 2015 completam cinco anos que estão espalhados pela cidade os contêineres de armazenagem do lixo. Em novembro de 2010, quando o processo de conteinerização teve início, foram 700 equipamentos instalados na área central no município. O azul, com capacidade para 1000 litros, comporta o lixo reciclável, já o laranja, com capacidade de 700 litros, armazena o lixo orgânico. O recolhimento dos resíduos depositados nos contêineres é feito diariamente pela Companhia de Desenvolvimento de Passo Fundo (Codepas), como explica o secretário do Meio Ambiente, Rubens Astolfi: “A Codepas é a empresa contratada pelo município para fazer esse serviço. Os dois tipos de contêineres são recolhidos de forma separada. O caminhão da coleta seletiva recolhe os resíduos dos contêineres azuis e o outro caminhão recolhe do laranja”, salienta Astolfi.

Entretanto, mesmo aumentando nos últimos anos, o aproveitamento dos resíduos que chegam até a Recibela ainda é baixo. Muitos materiais são perdidos porque não há maior conscientização da população, que não separa o lixo e mistura os resíduos dentro dos contêineres. “Nós conseguimos aproveitar cerca de 80 toneladas de material por mês, mas podia ser bem mais. O lixo ainda chega aqui muito misturado e perdemos aquilo que poderia ser reaproveitado porque as pessoas não separam, mesmo dentro dos contêineres, danificando o material”, desabafa Catarina da Rosa, presidente da cooperativa. Ao separar e reaproveitar resíduos, o volume transportado para fora é menor, colaborando também para a economia do município.

Outras alternativas
Além da Recibela, outras três cooperativas fazem o trabalho de reciclagem em Passo Fundo. A Cooperativa de Trabalho Amigos do Meio Ambiente – Coama, a Associação de Recicladores Esperança da Vitória – Arevi e a Cooperativa Mista de Produção e Trabalho dos Empreendedores Populares da Santa Marta LTDA – Cootraempo. As três trabalham com a coleta de materiais reciclados em pontos previamente agendados. São mais de 700 pontos agendados entre empresas, indústrias, edifícios, escolas e até mesmo residências. “Quem tem interesse em destinar corretamente seu material reciclado agenda com as cooperativas e elas passam recolhendo o material com um caminhão-baú cedido pela Prefeitura. Esse material é um produto de maior valor, pois ainda está limpo, por isso é uma alternativa para que menos lixo seja encaminhado ao aterro”, destaca o secretário.

 

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