Fonseca
Pedro Ari Veríssimo da Fonseca faleceu e sei que muitos jovens não sabem de quem estou escrevendo. Médico e historiador dos mais renomados de nossa cidade. Incentivador do hospital de olhos e de muitas outras entidades que temos no município. Homem simples, fala mansa e muito inteligente. Pediatra das antigas que conhecia as crianças como ninguém. Escritor, pai, esposo e amigo. Pedro, Veríssimo, Fonseca ou Doutor não importa, ele era único e especial. Mesmo o conhecimento, prestígio e cargos, Dr. Veríssimo dava atenção para todos, as pessoas aprendiam e recebiam dele o que de mais importante temos, o tempo e conhecimento. Eu gostava de conversar com Veríssimo e recebi dele em todas as nossas conversas ou entrevistas muita atenção e carinho. Para mim a imagem deste homem deve servir de exemplo para os homens empresários, públicos, pais, irmãos, esposos, médicos ou qualquer outra função que venhamos a ter, pois o que falta neste mundo são Verissimos. Honestidade, bondade, conhecimento e fraternidade. Parte em paz e que sejas recebido com os braços abertos no céu.
Princípios
Tem pessoas que se perdem no caminho, porque começam a negociar seus princípios, isto se os mesmos forem na verdade princípios de honestidade. Para não desvirtuar do caminho, basta seguir a verdade e não se encantar com o poder e as vaidades. Isto serve na vida pública e privada.
Corrupção
Movimentos são importantes, mas devemos nos preocupar mesmo quais são os critérios na hora de votar, escolher nossos governantes, os presidentes de bairro, direção das escolas, dos sindicatos e todo e qualquer espaço. As pessoas votam sem critério nenhum ou com a troca de favores, entrega de alimentos, gasolina ou outro beneficio e querem honestidade.
Corrupção II
Vejo cartazes pedindo o fim da corrupção e ao mesmo tempo manifestações que as lombadas eletrônicas são indústrias das multas. Por favor, passa em sinal vermelho, alta velocidade, estaciona em cima da faixa de segurança e quer culpar governo. Quero o fim da corrupção, mas voto no meu político porque ganhei gasolina, brita ou algum favor pessoal.
Bandeiras
Reúna um grupo de pessoas para falar sobre educação, saúde, segurança e queira planejar o futuro do bairro e veremos de fato a preocupação das pessoas sobre nosso país. Teve um amigo meu que se candidatou e ganhou para presidente da associação de moradores, depois de eleito pediu demissão em seis meses. Isto aconteceu porque a preocupação era que sua rua não tinha asfalto e não imaginava das outras atribuições da entidade. A falta de médico no posto, escola pequena, ônibus infrequentes, iluminação, lazer e tantas outras demandas que um líder se preocupa diariamente. Asfaltou a rua e voltou para o aconchego do seu lar, como diz a música cantada por Elba Ramalho.
Enio Chaves
Conversar com seu Enio Chaves de 73 anos era um privilégio. Falava de política como poucos, conhecia sobre política como poucos e relembrava os tempos de Jango, Brizola, Getúlio e tantos outros. Revoltado com Ivete Vargas pelo cambão que deu em Brizola no PTB, como se o fato tivesse acontecido ontem. Admirado pelas Brizoletas de Brizola e revoltado com o PT, mas não encantado com Aécio. Enio dizia nas conversas que falta um líder que emocione, encante e que valha discutir, debater e até brigar. Enio tinha razão.
Enio Chaves II
Amigo Ênio, casado com Iris sua companheira de vida inteira era profissional de elevadores. Por décadas foi referência nesta área e muitos mesmo o amigo estando doente o procuravam para receber conselhos técnicos. Se me perguntarem se Enio deixou bens a inventariar, direi que não, mas deixou uma família que o amou e o respeitou. Enio fez a diferença na vida de sua esposa, seus filhos e netos. Enio honrou a família que construiu e por isto perpetua seu nome através de décadas por cada membro de sua família que viver neste plano.
Gilberto Gil
Por sugestão do colega Gerson Lopes, ouvi a música cantada por Gilberto Gil “não tenho medo da morte”. Vale a pena ouvir e refletir. Como sempre, Gil faz a diferença e mesmo aos 70 anos é atual.