OPINIÃO

Teclando - 24/08/2015

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Dinâmica das ruas

Constantes estudos, alterações e ajustes buscam melhorias para o trânsito em Passo Fundo. Mas, quando postas em prática, as mudanças esbarram numa rejeição provocada por um conservadorismo inconsciente. Foi assim, há quase 30 anos, quando ruas como a Bento Gonçalves, Independência e Coronel Chicuta passaram a ter sentido único. Mais tarde houve inversão no sentido da Teixeira Soares, a reação foi forte, o tempo passou e todos se adaptaram à nova realidade. Agora, com as novas sinaleiras na Avenida Brasil, o comportamento não é diferente e, aos poucos, a chiadeira está evaporando. Se por um lado a matéria é técnica, pelo outro também é comportamental. E é nessa mão-dupla que segue a dinâmica do trânsito em Passo Fundo.

 

Consequências

Para aprovar as mudanças no trânsito é necessária uma avaliação dos resultados obtidos. Em alguns casos torna-se mais importante avaliar as consequências. É o caso do trecho central da Rua General Osório que agora conta com mão-dupla. Como são três pistas e dois sentidos, é uma dificuldade para os pedestres nas esquinas com Bento Gonçalves, General Neto e principalmente Capitão Eleutério. O pessoal do Hotel Itatiaia já socorreu muitas vítimas de atropelamento. Merece atenção.

 

Firmezinha

Nos anos 1970, Geremia era proprietário de famosa churrascaria na subida da Avenida Brasil, próxima ao Bom Conselho. Inovou ao oferecer galeto salpicado ao queijo. Além de servir bem, deixou expressões divertidas. Ao apresentar uma costela dura, dizia que era deliciosa e “firmezinha”. E se alguém reclamasse então emendava “se Deus tira os dentes, alarga a goela”. Geremia marcou época.

 

Baixo astral

Há momentos em que o baixo astral coletivo está em alta. Individualmente, é um comportamento apenas das pessoas mal-humoradas. Mas em grupo é uma febre contagiosa, quando muitos deliram com tragédias e outros lembram os urubus de olho em futuras refeições. O baixo astral é camaleão e surge nas mais variadas formas. Não nos damos conta dos sintomas, mas já estamos acometidos pela febre coletiva. Esse baixo astral resulta em rajadas de desgraça para todos os lados. 

 

Deu pra ti

Em clima de baixo astral, mesmo não ensejando pelo pior, muitos falam em tom apocalíptico. Doenças, falências, crimes e outras desgraças vêm à baila. Os alvos são pessoas, empresas e, obviamente, governos e governantes. E nós entramos no embalo. Pois bem, essa febre seria uma terapia do desabafo ou uma crise de maldade? Como não sou nenhum especialista, fico com a música de Kleiton e Kledir que já cantavam “deu prá ti, baixo astral”...

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