Terceiro dia de greve é marcado por diferentes ações

Um grupo de 35 agentes da Polícia Civil realizou uma doação voluntária de sangue no Hemopasso

Por
· 2 min de leitura
Grupo de policiais percorreu algumas ruas do centro com cartazes em protestos contra parcelamento de saláriosGrupo de policiais percorreu algumas ruas do centro com cartazes em protestos contra parcelamento de salários
Grupo de policiais percorreu algumas ruas do centro com cartazes em protestos contra parcelamento de salários
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Um ato de solidariedade ontem marcou o terceiro dia de greve contra o parcelamento dos salários dos servidores públicos em Passo Fundo. Um grupo de 35  agentes da Polícia Civil realizou uma doação voluntária de sangue no Hemopasso. Eles partiram da Delegacia da Criança  e do Adolescente, na rua Uruguai, centro, e seguiram em caminhada até a Sete de Setembro, com faixas e cartazes.

Presidente da Ugeirm Sindicato, Fernando Perin disse que a doação foi uma maneira de fazer algo positivo para a sociedade durante a greve. O ato, segundo ele,  também teve um significado simbólico. “Dizem que os policiais já doam seu sangue pela comunidade, então resolvemos colocar esta afirmação na prática” comenta. Até ontem à tarde, a posição da Ugeirm era de  encerrar a greve nesta-quita-feira, mas a possibilidade de estendê-la até sexta-feira não estava descartada.

Professores
Já o CPERS aproveitou a quarta-feira para tentar  aumentar o movimento de greve. Representantes da entidade visitaram algumas escolas para conversar com professores que ainda não haviam aderido ao movimento. Enquanto isto, outro grupo foi a Porto Alegre participar do Conselho Estadual. Os professores também prepararam  a ida ao ato que ocorre na manhã de hoje na capital. Pelo menos três ônibus sairia de Passo Fundo e outros quatro da região. A estimativa do CPERS é de que 85% dos professores estão paralisados.  A 7ª Coordenadoria de Educação não tem levantamento sobre de quantos professores estão em greve.

Brigada Militar

A Brigada Militar permaneceu com a operação padrão, priorizando ocorrências urgentes. Conforme a presidente da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho, da Brigada Militar, Miriam Canova da Rosa as entidades representativas estão mobilizadas para a discussão de novas ações.

Susepe
Desde o início da greve, aproximadamente 100 audiências deixaram de ser realizadas nas comarcas de Passo Fundo e região em razão da falta de transporte dos presos. Em Passo Fundo, apenas 30% dos agentes realizam  a segurança no Presídio. Em razão da greve, o número de visitantes por detento foi reduzido ontem à tarde de três para apenas um familiar.

De acordo com o representante sindical da Amapergs, José Oscar  Fechner, se a greve se estender até sexta-feira, a redução será mantida também para os 180 presos em regime de seguro. “Será liberado apenas um familiar” afirma. Segundo ele, os servidores seguem cumprindo alvarás de soltura, mas não estão recebendo detentos transferidos de outros presídios.

Saúde
Funcionários da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde(6ª CRS/SES), sediada em Passo Fundo, continuam em estado de paralisação, apoiando o Movimento Unificado em Defesa dos Serviços e dos Servidores Públicos Estaduais. Os funcionários estão mobilizados em operação padrão no atendimento aos 62 municípios e hospitais da Regional (situações emergenciais continuam sendo atendidas). A mobilização também envolve outros eixos de lutas: contra a extinção das Fundações e contra a privatização de estatais, combate à sonegação e aos benefícios fiscais, retirada dos projetos como a PL 206 e PL 303, que retira direitos dos servidores e altera as regras da previdência, entre outros itens.

 

Gostou? Compartilhe