PIB
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou no dia 28 de agosto de 2015 os dados do desempenho do produto interno bruto (PIB), do segundo trimestre de 2015. O PIB recuou 1,9% no segundo trimestre de 2015, em relação aos três meses anteriores, com a divulgação dos dados confirmou-se que o Brasil entrou na chamada “recessão técnica”, que ocorre quando a economia registra dois trimestres seguidos de queda. Os dados revisados de janeiro a março deste ano, o PIB teve baixa de 0,7%.
No segundo trimestre, contribuíram para o desempenho negativo da economia a queda dos investimentos (-8,1%) e o do consumo das famílias (-2,1%). Alta somente o consumo do governo que registrou alta de 0,7%. Ao analisar os setores verificou-se, que todos registram queda, puxada pela indústria, que teve retração de 4,3%, pela agropecuária, de 2,7% e pelos serviços, de 0,7%
Realismo orçamentário
Em outubro de 2013, ao ser questionada sobre a flexibilidade orçamentária de seu primeiro reinado, a presidente Dilma vangloriava-se da sua capacidade de manter as “contas públicas absolutamente sob rigoroso controle”. O fato é que Dilma passou os últimos anos desequilibrando as contas. O orçamento da União enviado ao Congresso Nacional para o ano de 2016, apresentou um rombo de R$ 30,5 bilhões, vale como uma confissão da sua real capacidade de gerir as contas públicas.
O realismo orçamentário apresentado na proposta do orçamento para o ano de 2016, é a desculpa utilizada pelo governo para justificar sua total falta de vontade em reduzir as despesas do Governo Federal além de, forçar com que a sociedade como um todo aceite o aumento da carga tributária, a parte visível da proposta foi a ventilada na semana que passou do retorno da CPMF para fechar o déficit do orçamento de 2016. Outro fator que pode-se constatar na proposta do orçamento de 2016 é que o Ministro Levy, perdeu espaço no governo e o seu período no Governo parece estar com os dias contados.
Em resumo, no orçamentário as despesas continuam crescendo e a receita cai porque o país está em recessão e o governo quer resolver o problema aumentado impostos.
Xô CPMF
O governo não encontrou respaldo na sociedade e no congresso nacional para aprovar uma nova versão da CPMF. O movimento Xô CPMF, não precisou ser ressuscitado. Mesmo sem a CPMF, o governo espera arrecadar R$ 11,5 bi em 2016 com novas medidas tributárias. Pela proposta, elas vão atingir as bebidas quentes e produtos tecnológicos; empréstimos do BNDES e o Imposto de Renda sobre o direito de imagem. Na apresentação sobre o projeto do Orçamento de 2016, o Ministro do Planejamento Nelson Barbosa e a equipe econômica propõe cobrar IOF sobre operações de crédito do BNDES, e revisar o Imposto de Renda sobre o direito de imagem. Jogadores de futebol e artistas que até então estavam imunes ao imposto de renda sobre os direitos de imagens devem ser atingidos pela nova regulamentação. As desonerações do PIS/Cofins de computadores, tablets e smartphones. Bebidas quentes, como vinhos e destilados, também entraram na mira para ajudar o governo a arrecadar R$ 11,5 bi a mais em 2016.
Otimista
Benjamin Steinbruch (CSN), que em abril deste ano escreveu que a economia melhoraria “significativamente a partir do terceiro e quarto trimestres”, em reunião na FIESP misturou pessimismo com otimismo: “Eu duvido que tenha país do mundo, com uma taxa de juros dessa, com uma inflação que não é de demanda, e esteja ainda em pé. E é isso que ainda dá alguma esperança”.
Dilma em alta
A popularidade da Presidente Dilma somente é superior ao crescimento do PIB. Segundo dados da última pesquisa do Instituto Datafolha, seu governo é aprovado somente por 8% da população brasileira enquanto a queda do PIB no primeiro semestre de 2015 foi de 2,5%.
SOS RS
Os servidores públicos estaduais não são o problema das contas públicas estaduais, eles são parte da solução dos problemas que o Estado está passando. Tenho sido questionado sobre quais as alternativas para o Rio Grande do Sul superar a crise pela qual passa e a minha resposta é a seguinte: todos os principais partidos políticos do Estado nos últimos 35 anos ocuparam por meio de diversos governadores eleitos o palácio Piratini portanto, todos os partidos são responsáveis pelo o que está acontecendo hoje. Os partidos que não elegeram governador participaram de alguma forma dos governos, ocupando secretarias e cargos de confiança. Amo meu Estado, tenho orgulho de ser gaúcho mas, acredito que somente com um projeto de longo prazo, superior a dez anos e com o envolvimento da sociedade será possível superar a atual crise que é estrutural e exige decisões profundas sobre como o Estado deveria funcionar. Sou contrário ao aumento de impostos, para que não tenhamos a elevação dos impostos é preciso reduzir despesas e isso, ninguém quer. Como conciliar todos os interesses? É preciso reconhecer que somos importantes para a federação, mas deixamos de ser o celeiro do Brasil e perdemos posição ano após ano quando o tema é educação.
Adriano é Coordenador do Curso de Administração da IMED