OPINIÃO

Crise ou não, educação

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Impressiona a informação sobre a Promotoria Regional de Passo Fundo, congregando 145 municípios gaúchos e 30 comarcas. A estrutura numérica dá uma idéia de algo colossal figurando entre os trunfos de matização à cidade como pólo regional. Muito mais do que essa importância aparente é o compromisso assumido e liderado pela Promotoria na Educação Infantil. Decorre da proposta estipulada no Plano Nacional de Educação, fluindo com efetividade. A tarefa de priorizar a educação infantil, pelo Brasil afora, embora constante no plano minimamente sério em qualquer país, deve sair do papel. Criança não vota! Por isso não atrai interesse dos voluptuosos de votos! Mas, por felicidade, a  região começa a andar pra frente, graças a um esforço conjunto de lideranças comunitárias, conforme informa o site do MP,  ao salientar o trabalho persistente da promotora Ana Cristina F. Cirne.  Assim, não sendo aceitável ficarmos soterrados sob a avalanche de corrupção, a priorização da educação infantil é a mais eficiente e concreta atitude de soerguimento. É a obra prioritária de construção, que depende simultaneamente de pais, mestres, sociedade, alunos e estado. Estamos na encruzilhada histórica. Se priorizarmos a educação infantil sobreviveremos a tudo, é certo! Educação não é causa que pertença a alguém ou órgão estatal, é obrigação indispensável de todos!

Direito de superação

Ouvi uma afirmação, alhures, de que a imbecilidade que ganha espaço no país, venha de onde vier, não tem o direito de sonegar a superação de um país que surge do anonimato de miséria. O povo quer solução. E tem o direito de vituperar, mas é preciso que os alucinados do ódio acalmem-se! Nunca tivemos e não temos pena de morte para corruptos, como alvitram por aí. Já tivemos, também, tempos piores. No primeiro dia de nossa independência, por exemplo, assumimos a dívida monstruosa de Portugal perante a Inglaterra. Na década de 90 os cofres públicos suportaram a moeda podre (corrupção e má administração) que quase dizimou nosso sistema bancário. Pagamos os 30 bilhões para salvar as finanças futuras do Brasil. E os corruptos e corruptores ficaram aqui. Nenhum desses milionários às custas  do dinheiro do povo foi condenado. Naqueles anos nem existia investigação policial para tanto escândalo. Mesmo assim o país superou a crise! Mas hoje temos nova perspectiva a responsabilizar malfeitores que roubaram o dinheiro do povo e retomar o caminho da recuperação. Sob este prisma evoluímos.

 

Retoques:

  • Se no Brasil presenciamos superávit de ódio e déficit de solidariedade, a Alemanha se mostra mais que uma potência mundial. Arrasada após a guerra mundial sabe no corpo e na alma o quanto sofre um desterrado, pois viveu isso no próprio território. Neste sentido, após um planejamento peculiar ao estado germânico, abre as portas aos imigrantes que chegam desesperados. Exemplo de organização e solidariedade, fazendo jus às regras do estado alemão que professa a democracia social. Se a dor retratada pela mídia ganha destaque, mais nobre e espetacular é o gesto alemão em garantir recepção a 500 mil refugiados por ano, para integrarem esta potência européia.
  • Com a histórica aflitiva de refugiados da Síria, Afeganistão, Eritréia, Somália e outros territórios sangrentos, os alemães não temem o incômodo e saem em manifestação de “Refugees Welcome”, “ Welcome in Frankfurt” e outros dizeres de fraternidade. Este povo tem demonstrado força na austeridade, mas grandeza na fraternidade, para que o mundo veja. É o recado novo à humanidade!
  • Aqui setores de raivosa inconseqüência disparam frases horrendas para diminuir o dever de solidariedade a outros povos que se beneficiam do acordo de acolhimento, no Brasil. Nessa insensatez da omissão reproduzem frases maldosas contra o pacto internacional que recebe imigrantes. Cenas de xenofobia que chegam ao absurdo. Não é sonegando a mão aos desgraçados que vamos recuperar o Brasil, mas com a correção de rumos. 
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