Na próxima semana, 30 novos agentes de endemias começam a trabalhar no combate à dengue em Passo Fundo. No entanto, o número não representa um acréscimo no quadro de servidores do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde. Antes, o serviço era realizado por uma empresa terceirizada. Agora, a Prefeitura, após um processo seletivo ocorrido em julho, agrega novos servidores ao quadro do município. O comprometimento é o principal motivador da mudança. “Para nós é mais vantajoso, porque envolve mais o profissional que vai trabalhar conosco em relação à dengue”, explica a coordenadora do Núcleo, Ivânia Silvestrin.
Os 30 agentes serão contratados por um período de 12 meses, que pode ser renovado por mais 12. De acordo com Ivânia, o número de profissionais é insuficiente. “O ideal é um agente para cada 800 ou mil imóveis. Passo Fundo conta, hoje, com 100 mil imóveis. Então, o ideal seria 100 agentes”, explica. No entanto, novos profissionais podem ser contratados pela Prefeitura caso seja necessário. “A situação atual não caracteriza ainda um risco de epidemia de dengue. Caso esse número de focos aumente, provavelmente será solicitada a contratação emergencial de novos agentes”, pontua a coordenadora.
A situação da dengue em Passo Fundo
Segundo o Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde, em 2015, oito casos de dengue foram confirmados em Passo Fundo: sete deles importados, de outros locais, e apenas um autóctone, ou seja, contraído no município. Até o final de agosto, foram registrados 544 focos do Aedes aegypti e 162 de Aedes albopictus em Passo Fundo. Segundo Ivânia Silvestrin, os locais que mais apresentam focos do mosquito são Vila Luiza, Lucas Araújo, Centro, Boqueirão, Vila Rodrigues.
Os poucos dias de frio durante o inverno fizeram aumentar o número de focos no município, mas houve uma diminuição nos últimos dias. Mas, segundo Ivânia Silvestri, a atual situação não deixa de preocupar a Vigilância Ambiental nos próximos meses. “Neste momento, nós estamos tranquilo quanto à dengue, mas isso não quer dizer que isso não possa mudar com a chegada dos dias mais quentes”, adverte a coordenadora.
O Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde pede para que a população ajude no combate ao mosquito. “Em relação à dengue, não podemos ficar sossegados em momento nenhum. Temos que eliminar toda e qualquer água parada e ajudar no controle, que é imprescindível no combate”, afirma a coordenada. “Cada um de nós tem que ser agente da dengue. A Vigilância Ambiental sozinha, com seus 30 agentes, não consegue fazer todo o trabalho na cidade inteira de Passo Fundo”, finaliza.