As diretrizes dos programas e a importância de adquirir habilidades que ajudam a construir e pensar o futuro, foram pautas do Seminário de Oportunidades e Aprendizagens que reuniu ontem cerca de 300 jovens do Aprendiz Cidadão e Aprendiz Legal. A atividade foi promovida pela Secretaria de Cidadania e Assistência Social (SEMCAS), e o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE). De acordo com o secretário Saul Spinelli, o foco do encontro buscou a troca de experiências e a questão do estudo e da profissionalização, a fim de contribuir para o melhor preparo para o mercado de trabalho. “Tratamos sobre oportunidades, as faculdades e a grande gama de cursos e bolsas disponíveis, um momento para pensar o futuro e assumir responsabilidades”, destacou.
Aprendiz Cidadão
Com coordenação da Proteção Básica da Secretaria de Cidadania e Assistência Social da Prefeitura de Passo Fundo, o Programa Aprendiz Cidadão é voltado para adolescentes entre 14 e 18 anos, que estejam devidamente matriculados e frequentando a escola e vivam em situação de vulnerabilidade social. A proposta é desenvolver atividades educativas, incentivando uma consciência comprometida com a sociedade, e despertar potencialidades para o mercado de trabalho, vislumbrando a continuidade dos estudos com a intenção de preparar o jovem para buscar o ensino superior ou técnico.
Entre as condicionalidades do Aprendiz Cidadão, é obrigatório estar cadastrado no Cadastro Único (CadÚnico), frequentar a escola regularmente, participar duas vezes ao mês de reuniões do programa e realizar oficinas de capacitação ou cursos profissionalizantes dos Centros de Referencia em Assistência Social (CRAS) ou do Leão XIII. O período de estágio é de quatro horas ao dia durante a semana, com termo de duração do estágio de até dois anos. O jovem aprendiz recebe meio salário-mínimo e vale-transporte.
Aprendiz Legal
De acordo com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE), o programa busca contribuir para a formação de jovens autônomos, que saibam fazer novas leituras de mundo, tomar decisões e intervir de forma positiva na sociedade. Sendo assim, é um programa de aprendizagem voltado para a preparação e inserção de jovens no mundo do trabalho, que se apoia na Lei 10.097/2000, a Lei da Aprendizagem. O Centro de Integração Empresa-Escola e a Fundação Roberto Marinho estão juntos nessa ação oferecendo à empresa a oportunidade de formar um profissional alinhado com o mundo do trabalho.
A Lei determina que empresas de médio e grande porte contratem jovens de 14 a 24 anos, para capacitação profissional (prática e teórica), cumprindo cotas que variam de 5% a 15% do número de funcionários efetivos qualificados. É facultativa a contratação de aprendizes pelas microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). Na experiência do Aprendiz Legal o jovem assume o papel de agente de desenvolvimento de sua própria carreira, de colaborador da empresa que o recebe, sua energia, sua criatividade, sua ousadia e sua tendência à contestação são canalizadas para renovar ideias, estruturas e processos.
A abertura do evento contou com a apresentação dos integrantes do Programa Bombeiro Mirim.