Escolas estaduais não recebem recursos há três meses

Dinheiro utilizado na compra de materiais de limpeza e escritório não é repassado pelo Estado desde junho. Direção das escolas está racionando e utilizando outras verbas como saídas

Por
· 1 min de leitura
No Instituto Estadual Cecy Leite Costa um aviso alerta para a falta do produtoNo Instituto Estadual Cecy Leite Costa um aviso alerta para a falta do produto
No Instituto Estadual Cecy Leite Costa um aviso alerta para a falta do produto
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Os recursos da autonomia financeira para a compra de materiais não é repassado às escolas estaduais há quase três meses. O dinheiro é utilizado para a aquisição de materiais básicos, como papel higiênico, produtos de limpeza e de secretaria. De acordo com a coordenadora adjunta da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Verônica Zanandrea, os recursos vêm em duas partes – uma para a compra da merenda escolar, que está sendo repassada normalmente, e outra para a compra de materiais. “Vai fechar três meses que o recurso não é repassado. Julho, agosto e setembro”. A crise financeira pela qual o Estado passa, que provocou o parcelamento dos salários dos servidores, foi o motivo do atraso dos repasses, que normalmente estão em situação regular.

A solução que as escolas encontraram foi racionar o uso dos materiais e recursos financeiros até que a condição se normalize. Na Escola Estadual de Ensino Fundamental Wolmar Antonio Salton é ainda pior, já que nem o repasse que vem junto com a autonomia, um complemento para a alimentação em turno integral, não está sendo feito. A diretora Sely Feja explica que a direção da escola conseguiu contornar a situação até agora, mas que, caso o repasse não aconteça, as contas deixarão de ser pagas. “Para o início do mês nós não temos dinheiro para pagar mais nada, como conta de luz, telefone, guarda. Nós conseguimos levar até agora. Todos os materiais estão terminando”. Outras escolas, como a Escola Estadual Protásio Alves e a Escola Estadual de Educação Básica Nicolau de Araújo Vergueiro, precisam se virar com o que tem e fazer um controle rígido para lidar com a situação. “Faz três meses que a gente não recebe a verba, mas estamos levando com muito rigor”, explica a diretora do Protásio Alves, Inês Piasentini.

Falta papel higiênico
Um cartaz alertando para a falta de papel higiênico foi colocado no Instituto Estadual Cecy Leite Costa com o aviso e a explicação: “Motivo: falta de repasse da verba do Estado”. A orientação era de que os alunos deveriam trazer o papel de casa. Outros materiais, como produtos de limpeza e de secretaria também estão em falta.

De acordo com informações extraoficiais, os recursos podem ser repassados às escolas hoje, regularizando a situação. 

 

Gostou? Compartilhe