Boletim focus
Novamente economistas e analistas do mercado financeiro reviu a previsão de redução dos juros básicos (SELIC), antes previsto para o mês de abril de 2016, os analistas passaram a acreditar nessa expectativa para junho de 2016. O corte esperado seria de um corte de 0,50% na taxa, passando de 14,25% ao ano para 13,75% a.a. Tal previsão encontrou amparo na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM), que deverá manter os juros em 14,25% a.a por um período “suficientemente prolongado”, espera-se que nesse período a inflação irá convergir para a meta em ao final de 2016.
As previsões são de que a Selic fique em 14,25% em 2015; termine o próximo ano em 12,25%; e chegue a março de 2017 em 11,50%. Os dados são do Banco Central e foram coletados para o boletim Focus. Com relação a inflação, a projeção para a alta do IPCA também foi ajustada em 0,06 ponto percentual para cima, a 9,34 por cento, com a expectativa para a Selic mantida em 14,25 por cento. Para o dólar neste ano os especialistas consultados elevaram a projeção a 3,86 reais, contra 3,70 reais.
Cerveja
Ação da Petrobras cai ao menor valor desde 2004. Um dia após ser rebaixada pela agência de classificação de risco Standard & Poor's e perder o grau de investimento, a Petrobras amargou uma forte queda no valor das ações na última sexta-feira. Sua cotação atingiu o menor nível desde novembro de 2004. Hoje no Brasil, ao deixar de consumir uma, somente uma cerveja será possível comprar uma ação da Petrobras.
Impacto
Crédito vai piorar com perda de grau de investimento. A perda do grau de investimento pelo Brasil, na semana passada, vai intensificar a escassez de crédito para as empresas brasileiras e deixar algumas delas em situação delicada. O tamanho do desafio das companhias para lidar com esse cenário adverso fica evidente nos números bilionários de dívidas que vencem no ano que vem.
Câmbio
O impacto do dólar já começa a aparecer no atacado, sobretudo nas matérias primas, porém o repasse ao consumidor deverá ser gradual em função da recessão. No varejo os primeiros reflexos do câmbio deverão ser sentidos no pão francês, cujo o preço sobe em razão da importação do trigo importado.
Combustíveis
Diante de graves problemas de caixa e a disparada do dólar, a Petrobras anunciou na quarta-feira dia trinta de setembro, o reajuste nos combustíveis, que será de 6% na gasolina e de 4% no diesel. O preço nas bombas é livre e costuma ser reajustado à medida que o combustível novo chegue aos postos. O reajuste sinaliza para o mercado que a Petrobras tem autonomia para definir sua política de preços dos combustíveis sem depender de intervenções do governo federal.
Dilmais
Dilma, em 2012 reduziu por decreto as tarifas de energia elétrica. São Pedro não fez a sua parte, faltaram chuvas na quantidade necessária para manter os reservatórios em níveis adequados para evitar o uso das termelétricas. Ao falhar com as chuvas São Pedro, obrigou o Governo a ligar as termelétricas, para evitar o racionamento energético. Em 2014, Dilma garantiu que as contas públicas estavam sob controle e que a tarifa de energia elétrica não sofreria reajuste, em 2015 as tarifas subiram mais de 60%, para 2016 a previsão é de 40% se o regime de chuvas não voltar ao normal. Ainda em 2015, o Partido Mantem Dilma em Brasília (PMDB), rendeu Dilma, e dará as cartas na condução do Brasil por mais algumas décadas. Dilma não manda. Dilma pela sua arrogância e prepotência está refém, refém de um projeto de poder não de país, projeto que tivemos na ditadura e foi reprisado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Enfim, teremos “dilmais”, por mais três anos.
Adriano é Coordenador do Curso de Administração da IMED