Desde o início do ano, o município já teve registro de 550 focos do mosquito transmissor da dengue, o aedes aegypti, e outros 165 do aedes albopictus, transmissor da febre chikungunya. Além disso, apenas neste ano já foram registrados nove casos de dengue em Passo Fundo: um autóctone e oito importados. Com a volta do calor, associada à elevada umidade, os riscos de proliferação dos mosquitos são ainda maiores. O controle só é possível se cada pessoa fizer a sua parte.
A coordenadora do Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde de Passo Fundo Ivânia Silvestrin explica que neste ano há ainda outro agravante para a situação do município. O inverno menos rigoroso não foi suficiente para controlar as populações dos mosquitos. Apesar de uma diminuição nos últimos meses, Ivânia destaca que novos focos seguem sendo identificados. O pedido é para que todas as pessoas eliminem reservatórios de água que possam servir de criatório para os mosquitos.
A maior concentração de focos se deu nos meses de janeiro a março, depois a intensidade diminuiu, mas não cessou. “Continuamos identificando focos que estão espalhados na maioria dos bairros da cidade, principalmente nas regiões da Vila Luiza e Lucas Araújo. Aumentou também a quantidade de focos no Centro”, exemplifica. Ela destaca que o Núcleo permanece realizando as visitas e vistorias em residências para identificar possíveis focos e orientar a população para os cuidados que devem ser tomados. “Redobramos o pedido para a população eliminar toda e qualquer água parada”, salienta.
Em Passo Fundo, focos de larvas de aedes aegypti são encontrados principalmente em caixas d’agua, baldes, vasos que estão em pátios, recipientes diversos deixados em pátios, piscinas e reservatórios usados para guardar água da chuva. “Precisamos que as pessoas vedem bem as entradas e saídas de água com tela bem fina para evitar a entrada dos mosquitos. A população deve manter e reforçar os cuidados”, reitera.
Problema regional
Ivânia destaca que não apenas em Passo Fundo, mas em vários municípios da região houve o aumento do número de focos do mosquito e vários são considerados infestados. Ela explica que a preocupação é ainda maior devido ao município ser um centro de referência para atendimentos em saúde. Caso as pessoas contraiam a doença, elas podem vir procurar atendimento no município e trazer os vírus da dengue e febre chikungunya. “Quanto mais tivermos municípios infestados maior o risco de termos a doença”, alerta.
Cuidado de todos
Os cuidados básicos para se evitar a proliferação dos mosquitos da dengue e da febre chikungunya incluem a vedação de caixas e reservatórios de água, a lavagem de pratos de plantas e recipientes utilizados para a alimentação de animais domésticos, além de evitar que qualquer tipo de material que possa acumular água, como garrafas, pneus, lonas, lixo, baldes, fiquem expostos em pátios.