O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Passo Fundo (Comdica) e Ministério Público não encontraram nenhuma irregularidade durante a recontagem de parte dos votos das eleições do Conselho Tutelar, realizada no dia 4 de outubro. O trabalho foi realizado na sexta-feira, depois que um grupo de 10 candidatas não eleitas ingressou com uma representação solicitando o confronto do número de votos com as assinaturas dos eleitores nas planilhas.
A recontagem foi feita nas cinco seções (Protásio Alves, Fagundes dos Reis, Ernesto Tochetto, Arco Verde e Cecy Leite Costa), onde, segundo o documento, teriam acontecido irregularidades. Presidente do Comdica, órgão responsável pelas eleições, Vera Lúcia Samora de Oliveira disse ter ocorrido apenas, em alguns casos, mais assinaturas do que votos. “Como a fila estava muito grande, as pessoas assinavam a planilha e acabavam desistindo de votar, o que não se configura em irregularidade porque o voto é facultativo” afirmou.
Com a conclusão da recontagem, Vera afirmou que não há possibilidade de anulação das eleições. “Na denúncia foi mencionado que alguns eleitores teriam votado mais de uma vez. Na conferência apuramos que isto não aconteceu em hipótese alguma, desta forma, não se cogita anular a eleição” declarou.
Na sexta-feira, o Ministério Público encaminhou um ofício solicitando ao grupo responsável pelas denúncias, o conjunto de provas sobre as irregularidades que alegaram ter no documento. Advogado representante das candidatas, Marcos Turello confirmou ao ON que entregaria ainda ontem à tarde, prazo final estipulado pelo MP, as provas solicitadas. “Temos fotos de pessoas votando fora de suas seções, e outras que não apresentaram documentação ou não assinaram a ata. Acreditamos que ainda é possível anular a eleição” opina.