OPINIÃO

Celestino Meneghini

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· 2 min de leitura
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Racismo na internet
A produção cinematográfica “Star Wars” – O Despertar da Força, está predestinada a um grande sucesso no mundo e já chaga ao Brasil. O lançamento do filme nos Estados Unidos despertou onda de mediocridade que se manifesta nas redes sociais. Tudo isso, esta histeria racista, tem um único motivo. O ator John Boyega é um negro que protagoniza cenas eletrizantes ativando o sucesso da obra ostentando a espada de fogo. A maioria das referências dos ianques inconformados com o sucesso reconhece o sucesso. Alguns lamentam literalmente a cor da pela do protagonista John, saliente entre outros atores consagrados do elenco.  Causou espécie o brilho de um negro no papel principal do primeiro Stormtrooper (espécie de tropa de elite galáctica) na série cinematográfica que já chegou ao Brasil. Fatalmente a mediocridade que ressurge nos EUA funcionará como estopim para estrondoso sucesso na América Latina. Logicamente que as manifestações racistas tiveram imediatas respostas ainda em território norte-americano. O alerta é para que os idólatras de estrangeirismos dos EUA não despertem a mácula intolerável, presente na comunidade da maior democracia do mundo.

Acusação versus privilégio
O presidente do Congresso Nacional está jogando tudo e acreditando que possa vencer o momento que deveria constranger qualquer pessoa de bem, pelas graves acusações de práticas condenáveis. Pelo visto, fica cada vez mais irretratável o cometimento pela mentira e pelo lucro de quantias exorbitantes em manobras escusas. O MP Federal já atua no sentido de seqüestrar depósitos em bancos suíços, que administra através na conta em nome de familiares. Conta com o prestígio de seu cargo público para um privilégio altamente danoso à democracia e à estrutura institucional dos três poderes. Adotou a versão imperial de déspotas romanos “quod licet Jovi no licet bovi” (o que é permitido aos deuses não é mesmo permitido aos bois). Quer dizer que desafia a igualdade institucional, avocando para si privilégio iníquo. E afirma que não se afasta do cargo!  

Crise atinge Parlamento
O desdobro da crise que atinge a representação política assume proporções gigantescas no Parlamento brasileiro. Sabemos que as alusões genéricas à política são impiedosas, sem ressalva na mídia aos bons parlamentares. Isso, por si, vem dilapidando a idéia de construção democrática. Não bastasse surge agora esta crise real que afeta diretamente o proscênio legislativo. É questionada a legitimidade do presidente Eduardo Cunha, que preside o processo, que inclui casos de gravidade como o pedido formal do impeachment da presidente Dilma. Os barões da imprensa mantêm cautela duvidosa em relação a fatos que envolvem Eduardo Cunha. O que aconteceu? Perderam a referência de oposição? Os partidos de oposição, como a bancada tucana, que vituperava contra corrupção está aliviando Cunha para manter oposição a Dilma. Vejam o estado da oposição! E, pasmem, até o PT, que se diz concentrado nos projetos de reforma fiscal não lida com mão pesada. Terá que abandonar em tempo o comportamento anfíbio em relação a Cunha.

Bolsa Família
Atualmente 14 milhões de brasileiros são beneficiados com o programa Bolsa Família. A consolidação do programa repercutiu no mundo todo e transformou o conceito de política social no Brasil. A advertência do deputado Lucas Barros, do PT, de redução de recursos para o Bolsa Família não tem fundamento humanístico. Mais parece jogada de efeito.

Punição
É preciso perceber um aspecto fundamental nas palavras da presidente Dilma que advertiu o deputado Cunha dizendo que as pessoas acusadas nos escândalos de corrupção estão sendo responsabilizadas. Manter a idéia de punir infratores é essencial. Cunha deve responder pelos atos pessoais, mas deve sair debaixo do pálio efêmero que lhe confere o cargo.

Retoques:

  • Querem levar o povo à loucura. Oposição combate Dilma usando Cunha como maior arma!
  • Está muito confuso o caso da fosfoetanolamina propagado para cura do câncer. Pacientes angustiados são levados a acreditar em algo ainda não comprovado.  
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