Fumaça no inferno
O inferno seria subterrâneo com muito fogo ardendo e abrigaria as almas pecadoras que pagariam penas eternas. Entre labaredas, Satanás comandaria os seus impiedosos diabinhos. Mesmo com tanto fogo, nunca houve menção à fumaça no inferno. Mais uma vez na vanguarda, Passo Fundo supera as trevas subterrâneas e conta com um inferno de superfície. É a área central transformada em território sem lei nas noites de sexta-feira e sábado. No inferno de superfície não faltam diabinhos, drogas e um barulhão infernal. Não bastasse o fogo alcoólico, agora conta com brasas para fazer os famosos “espetinhos de gato”. E aí surge um elemento para inveja da turma do andar inferior: a fumaça. Sem controle algum, ela ataca cabelos e roupas, invade carros, estabelecimentos comerciais e residenciais. Chaminés e filtros seriam artifícios celestiais e, assim, ponto para Passo Fundo que tem o primeiro inferno com fumaça.
Continuidade
Na última quinta-feira, a sessão solene da Mesa Um do Oásis teve como paraninfo Ênio “Chó” Gava. A equipe do Cipriani, literalmente, manteve a turma com a boca fechada. Mestre Pagode não deixou ninguém com sede e garantiu a alegria do pessoal. Além das sempre ilustres presenças, os ares da renovação ganham espaço na atmosfera da Mesa Um. Lá estavam Leonardo Gabriel, Alexandre, Léo Castanho, Rafael Brizola Marques e Guilherme Menegaz Zanatta. Mais do que uma mescla de gerações, uma expectativa positiva para o futuro da confraria. Não é pelo continuísmo. É pela continuidade.
IPVA
A assessoria do deputado Juliano Roso informa que a proposta de tributar com o IPVA proprietários de aeronaves, é uma regulação da lei com emenda do parlamentar. Explica que a intenção “é dar tratamento igualitário ao proprietário de um automóvel e o dono de um jatinho”. Também ressalta a isenção para a aviação agrícola e empresas aéreas. Para compensar, reitero ao deputado Juliano, a sugestão de projetos para incentivar a aviação. Poderá propor a redução da alíquota do ICMS sobre combustíveis da aviação geral e, ainda, a redução ou a isenção do tributo para as empresas aéreas com voos regionais. Não terá impacto na arrecadação e os gaúchos voarão mais alto.
Chuva
Reclamamos quando chove demais ou quando temos uma estiagem. O ideal seria que o volume de chuva fosse bem dosado e dentro das proporcionalidades consideradas normais. Porém, historicamente, sabemos que podem ocorrer períodos de seca ou de muita chuva. Até mesmo as enchentes são previsíveis e ocorrem de tempos em tempos. Não adianta reclamar. Devemos estar preparados para isso. E para as consequências, que vão de um buraco no asfalto à destruição. Chove, choveu e choverá.
Trilha sonora
Música francesa com tempero de jazz e uma pitada do embalo blues. A cantora é Zaz (Isabelle Geffroy) com a música que a projetou em 2010: Je Veux.
https://www.youtube.com/watch?v=3XRNegs6FdA