OPINIÃO

Celestino Meneghini

Por
· 2 min de leitura
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Consideram-se intocáveis
Os grandes grupos econômicos, que têm o rabo preso ao escândalo processado no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF, representam colossal força de pressão. A Operação Zelotes levantou os primeiros casos de venda de decisões que somam quantias bilionárias. A apuração mostra envolvimento, logicamente, de funcionários da Receita Federal, mas principalmente o comprometimento até o pescoço desses grupos empresariais de elite, bancos, e no setor de comunicações, os maiores. Tudo começou em março deste ano e o que seria estrondoso escândalo foi abafado pela mídia. As informações soçobravam em pequenas doses a partir de denúncias de jornalistas internacionais. Pálida repercussão no Brasil. O jornalismo investigativo brasileiro, salvo exceções honrosas e heróicas, viveu e ainda vive o tormento e a vergonha. Os barões da comunicação foram e permanecem atrelados ao medo de arriscar posto de trabalho, defendendo-se apenas com a Operação Lava Jato, esgotada na sua fase investigativa. Enquanto isso, esses grupos envolvidos no crime de falsidade e sonegação foram armando estratégia de defesa protelatória. O escândalo hediondo tinha que ser sufocado ante o interesse de uma elite que ainda se julga intocável.

Vazou
Vejam a importância da comunicação que se faz necessária na revelação de escândalos em que os investigados se consideram acima de todos os poderes, inatingíveis. O processo de denúncia não é novo. O pioneiro do jornalismo brasileiro, Hipólito José da Costa, foi preso em Lisboa ao fazer as primeiras denúncias de falcatruas que ocorriam no Brasil, onde nascera na Colônia do Sacramento. Por volta de 1806 começou a editar o “Correio Braziliense” da Inglaterra. Sofreu perseguição por parte dos interesses internacionais. É o que vemos hoje. Um silêncio vergonhoso aplacado por algumas fontes de informação que divulgam nomes das empresas e pessoas envolvidas na Operação Zelotes. Nesta semana novos documentos vazaram pelas redes sociais. E veio a imediata resposta, com a criação de novas cortinas de fumaça para embaçar o escândalo. Uma dessas ações foi a mobilização da Globo após a indicação de busca nos escritórios do filho de Lula, que supostamente teria envolvimento na Zelotes. Coincidência. As buscas no apartamento do filho do ex-presidente, deflagradas no aniversário de Lula, ocorreram ao mesmo tempo em que documentos informavam sobre os acusados, altos executivos e grandes grupos econômicos, ainda que apenas em redes sociais.

Acusaram o golpe
Quando começava circular informações sobre os envolvidos na Operação Zelotes (nas redes), a grande mídia recuou e não voltou à carga com a super valorização da busca na firma de Luiz Cláudio. A casta do crime organizado desvendado na Operação Zelotes acusou o golpe. A cortina de fumaça foi um tiro deflagrado que detonou a estratégia da informação omitida. Os intocáveis questionam a própria onipotência.

Bloco resiste
A informação sobre envolvidos, mesmo que pingadas, começa a revelar a identidade e o volume das falsidades contra o tesouro nacional, nesta terrível e abafada Operação Zelotes. O bloco de resistência à informação é núcleo da maior força que se possa imaginar. Um gigante em poder paralelo perante o Estado Democrático, que põe em risco a democracia.

Retoques:
* A usina de Belomonte, a segunda maior da América, está em fase final e enfrenta detalhes no acabamento, principalmente com entraves ambientais nas áreas de assentamento habitacional, por falta do esgoto cloacal.
* Está ficando mais visível a qualidade de obras que melhoram a cidade, no asfaltamento de ruas, limpeza pública, praças, ciclovias, locais de esporte e lazer. Isto se reflete no prestígio mantido pelo prefeito Luciano!
* O Coral Ricordi D’Itália participou do encontro de grupos da música italiana em Carazinho, sábado passado. A representação artística e cultural de Passo Fundo foi elogiada pela apresentação.
* Temos que reaprender a utilização dos contêineres para a coleta seletiva do lixo. Primeiro não deixar lixo espalhado. Segundo, caprichar na colocação do lixo reciclável.

 

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