OPINIÃO

Coluna Adriano

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Custo Brasil
Estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que o setor produtivo do país gasta anualmente R$ 108,4 bilhões, com custos de transporte que incluem: fretes, pedágios, custos de transbordo, terminais, tarifas portuárias. Os gastos de acordo com o estudo correspondem a 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O mesmo estudo divulgado estima que os gastos poderem alcançar o valor de R$ 162,8 bilhões em 2020.

Carga Tributária
O ano de 2014 consagrou o Brasil pela quinta vez consecutiva, como o país que proporciona o pior retorno de valores arrecadados com tributos em qualidade de vida para a sua população. Tal constatação tem como base o estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que compara 30 países com maior carga tributária em relação ao PIB. As três primeiras posições do ranking são ocupadas pelos Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul. O Brasil encontra-se na última posição, perdendo para a Argentina que ocupa a vigésima quarta posição e do Uruguai na décima terceira posição.

PIBinho
A soma de todos os bens e serviços produzidos no país que formam o PIB do Brasil, tiveram uma nova redução conforme divulgado no relatório foco do Banco Central, a estimativa de queda do PIB passou de 3% para 3,02%, no 15° ajuste seguido. Ficou evidenciado a expectativa de queda da produção industrial para este ano que segue em 7%.

Em alta
As projeções para as cotações do dólar de acordo com o Boletim Focus, estimam que o dólar deverá permanecer em R$ 4,00 até o final do ano. Já para o ano de 2016, a estimativa para a cotação do dólar subiu de R$ 4,13 para R$ 4,20. Também tem expectativa de elevação o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCE), que subiu pela sexta vez seguida, passando de 9,75% para 9,85%, em 2015. A estimativa é de que em 2016 o IPCA fique próximo ao teto da meta da inflação, que é de 6,5%. Pela 12° vez consecutiva, a estimativa passou de 6,12% para 6,22%. O centro da meta é de 4,5%. A única pesquisa que evidencia pontuações em baixa é a da aprovação da Presidente Dilma, que segundo dados da pesquisa encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) ao Instituto de Pesquisa MDA é aprovada por somente 8,8% dos brasileiros.

Rejeição
Historicamente em momentos de crise o que o senso comum esperaria é de que novas lideranças ou grupos políticos emergissem da crise ou, até mesmo, grandes consensos nacionais. O Brasil de 2015 evidencia o fim de um ciclo, mas que ainda não tem ninguém capaz de liderar o começo de um novo ciclo político no país. Pesquisa IBOPE realizadas entre os dias 17 e 21 de outubro revelaram números assustadores para os políticos da situação e da oposição:
- 55% dos eleitores declaram que não votariam em Lula de jeito nenhum.
- 54% declaram que José Serra jamais seria o escolhido.
- 52% fecham os olhos para o governador paulista Geraldo Alckmin.
- 52% abaixam as orelhas e torcem o nariz para Ciro Gomes.
- 50% dizem não para Marina Silva como opção presidencial.
- 47% deixam muito claro que nunca votariam em Aécio Neves.

Liderança
Parece-me que o eleitorado brasileiro esta de saco cheio dos políticos em virtude da crise econômica e da roubalheira que faz metástase na máquina do estado, bem como dos acordos celebrados em gabinetes que transmitem a sensação de que os mesmos são feitos somente em beneficio próprio. Se todos os principais nomes e quadros políticos do país possuem uma taxa de rejeição maior do que a vontade dos eleitores em votar neles o que esperar do futuro? Quais serão os temas para a disputa das eleições municipais em 2016 e presidenciais em 2018? Por fim o candidato favorito a sucessão presidencial de 2018 parece ser o imponderável.

Adriano é Coordenador do Curso de Administração da IMED

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