Alô-índio
Uma bruxaria alienígena está virando moda em terras tupiniquins. A febre das bruxas foi importada e aqui chegou como um autêntico alô-índio. Sem xenofobia, entendo que a arte não tem fronteiras. Mas neste caso não é arte, pois se trata de uma tradição que integra a cultura de um povo distante. Assim, essas bruxas são uma ameaça à transmissão de nossos próprios costumes de geração para geração. Por que copiar uma tradição que não é nossa? Tradição não se copia. Por que essa mania de imitar os outros? Ao imitarmos, demonstramos uma fragilidade cultural. Até parece que não temos as nossas lendas, as nossas crenças e o nosso rico folclore. Isso é um plágio que coloca em risco a nossa memória. Essas bruxas estão violentando a nossa cultura. E dizer que nessa terra todo dia era dia de índio. Mas a invasão é contínua e agora até falamos alô-índio!
Futilidade
Domingo, a atração principal do programa Fantástico (Rede Globo) foi a separação da cantora e do guitarrista de uma banda. É um assunto tão vulgar como a música deles. Mas, como diria o Brizola, há interésses nessa badalação. Nas últimas décadas, em nome da audiência divulga-se a desgraça e propaga-se o mau gosto. O espaço dado ao caricato casal poderia ser dedicado ao trabalho de cientistas, como os pesquisadores da Embrapa. O perigo é que essa vulgaridade ficará registrada. Imagino jovens historiadores, lá por 2100, pesquisando sobre a música brasileira no início do século XXI. Poderão concluir que essa dupla foi mais importante do que os passo-fundenses Alegre Correa e Yamandu Costa. A futilidade faz estragos na memória.
Singelas
- Libido não tem idade, basta não perder a cisma.
- Para apimentar uma relação use tudo, exceto pimenta.
- Uma saia justa levou à justa causa, mas a causa era justa.
Nelson Brocco
Sábado, o distrito de Sede Independência perdeu um referencial com a morte de Nelson Brocco. A localidade, também conhecida como Taquari, fica na divisa dos municípios de Passo Fundo e Marau. Seu Nelson foi uma das lideranças com incansável atuação junto à Capela de Nossa Senhora dos Navegantes. Fará muita falta na organização da procissão fluvial e da grande festa de Navegantes.
Férias
A partir de hoje estarei em férias. Antes do ‘dolce far niente’, uma paradinha para uns ajustes com o Dr. José Roberto Vanni. Depois estarei entre os extremos do Boqueirão a Erechim. A central de comando permanece no Boka e O Nacional circulará normalmente. Já volto.
Trilha sonora
Baby do Brasil e Jorge Ben Jor em Todo Dia Era Dia de Índio
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