OPINIÃO

Coluna Celestino Meneghini

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· 2 min de leitura
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Maniqueísmo em nossas vidas
Ao chegar próximo ao meio da leitura tive que parar. Lia com os olhos confiantes, mas sentia puxões de orelha. Algo acontecia diferente daquilo que imaginava capturar no desenvolvimento. Aí me reportei novamente ao título – O Maniqueísmo em Nossas Vidas – a bondades dos maus e a maldade dos bons! Estava concentrado na busca de argumentos que me fizessem mais “poderoso” nas abordagens de livre observador, que tento apresentar em crônicas semanais. Pois é! Percebi que o perigo mora entre minhas convicções. Foi preciso reler, a partir do título, e frisar “...Em nossas Vidas”. Ao contrário do que me estava propondo ao procurar problemas nos outros, tudo indica que as dificuldades surgem de conceitos equivocados na vida de cada um. O escritor Jorge Salton aborda pauta urgente para a convivência entre grupos humanos que se concentram nas cidades. A partir dessa realidade conflagrada do pragmatismo: bullying, inveja, arrogância, prepotência, vingança, covardia, o ódio, enfim, percebe-se a advertência sobre o mal implacável a que pode chegar a falta de respeito às pessoas. As referências postas no livro têm a marca do saber de quem lida com a mente e a vontade do homem ao deliberar sobre suas próprias atitudes.

Apenas comentando
Estou a escrever sobre assunto essencial nas relações entre as pessoas, mas já aviso que não me arvoro a concluir taxativamente sobre maniqueísmo. O que me atrai na leitura desta obra de Salton é o alerta para o desdenhado perigo que representa a falta de respeito mútuo. Esses atos de injusta punição, que parecem pequenas fagulhas, tendem a crescer no palheiro. São fagulhas que vieram centelhas de ódio e crueldade, tornando a sociedade uma panela de pressão. Trata-se, portanto, de trazer ao debate a idéia de conciliação para a competência civilizatória. Sabe-se lá, quantas desgraças haverá ainda, até que se absorva o sentido da amizade e fraternidade! As mães choraram o suficiente, como se dizia na antiga Roma “Bella matribus detestata” (a guerra é odiada pelas mães). Ou, como citou Jorge Salton, sobre o que disse Yamaguchi, sobrevivente de Hiroschima e Nagasaki: “As únicas pessoas que devem ser autorizadas a governar países com armas nucleares são as mães, aquelas que ainda estão amamentando seus bebês”!

Retoques:
* A presidente Dilma toma inatacável medida em favor da maternidade e infância ao assegurar condições para amamentação da criança! Ao mesmo tempo regula produtos alternativos, como leites, madeiras e chupetas.
* Comemoração dos 35 anos dos assentamentos de Esquina Natalino, onde iniciou o movimento Sem Terra na região e no Estado. Hoje os colonos formam cooperativas pequenas que produzem riquezas e valorizam trabalho e a terra.
* Durante muito tempo, no entanto, os colonos foram viageiros sem rumo pelas encostas e beiras de estrada, sofreram o estigma de uma visão maniqueísta e desumana.
* O deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara, já está falando e não mostra medo de cassação. Deixa entender que já acertou com seus aliados a forma de arquivar a denúncia por falta de decoro. O julgamento em plenário só ocorrerá no ano que vem. Segundo consta, a tese aventada é de que existindo duas mentiras ao mesmo tempo, sobrevive uma verdade. Portanto, é inocente! Entende?!!!
* Em qualquer democracia seria comum ver o mandatário acusado de fraude, afastar-se imediatamente do cargo. Um padrão médio de vergonha na cara sugere renúncia no caso de Eduardo Cunha!
* A anomalia de caráter cometida pelos manifestantes racistas comprova apenas que estes infratores precisam de ajuda para se recuperarem. Uma boa cadeia pode ser bom começo!
* Até bem pouco, algum jornalista considerados de elite, faziam chacota com as propostas de Brizola e Darci Ribeiro, que propunham priorizar a educação no ensino fundamental. Hoje reapresentam a mesma coisa, achando que sugerem a maior novidade do mundo.

 

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