OPINIÃO

Coluna Saul Spinelli

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Aposentadoria
Mudam as regras e os prejuízos continuam os mesmos. A população trabalhadora se vê obrigada trabalhar depois da aposentadoria, pois com o achatamento dos salários não tem como pagar as despesas mínimas. Tenho um amigo que se aposentou com sete salários mínimos e atualmente, dez anos depois, não chega a dois a sua aposentadoria. Sei que a população da terceira idade aumentou e que a expectativa de vida hoje é maior, mas também sabemos dos benefícios concedidos para uma parte privilegiada da sociedade. Atualmente ¼ de 14 milhões de aposentados com mais de 60 anos estão trabalhando para melhorar a renda e isto se deve para poder custar às despesas e sustentar familiares. No Brasil ¼ de lares depende dos benefícios dos aposentados, são 17 milhões de lares que tem o idoso como provedor segundo o PNAD – pesquisa nacional por amostra de domicilio.

Idosos
Ao ser provedor dos lares os idosos enfrentam outra triste realidade que é o endividamento, por conta dos empréstimos feitos para custear despesas de filhos, netos e até mesmo bisnetos. Um absurdo maior ainda com o aumento de 30% para 40% do índice de comprometimento para empréstimos dos nossos aposentados. Em seis anos a divida com financiamentos cresceu e em 2014 chegou a R$ 71 bilhões, deixando muitos aposentados com toda grande parte da renda comprometida. Uma situação que parece não ser preocupação para o Governo do Brasil, que além de aumentar o índice para financiamentos entrega o cadastro do INSS para os bancos, que fazem a festa.

Cortes
No orçamento de 2015 tivemos um corte na área de saúde no valor de 11 bilhões e na educação 9 bilhões e tudo justificado pelo Governo Federal para equilibrar as finanças. Isto implica diretamente na vida da população que já sofre pela falta de serviços essenciais na vida do dia a dia Faltam salas de aulas, professores, materiais e muitas outras prioridades da educação que acabam ficando para depois, em função do corte.

Saúde
Na saúde além dos cortes feitos pelo Governo Federal e do Estado, temos a tabela do SUS que bem que poderia ser atualizado pelos índices de aumento praticados no setor públicos para os salários dos nossos políticos. Hoje uma diária na CTI é de R$ 508,63, enquanto a diária de um hotel duas estrelas em torno de R$ 200,00. A consulta com fisioterapeuta custa R$ R$ 6,30 e caso o profissional atenda quatro paciente em uma hora terá ganho pelo SUS R$ 26,00. Para os médicos em geral a consulta gira entre R$ 10,00 e R$ 30,00. Exames temos apenas um exemplo que demonstra o descaso com a nossa saúde, quando o exame de contagem de plaquetas custa R$ 2,73. A tabela do SUS hoje é um dos grandes problemas que temos neste país e inviabiliza que os profissionais atendam pelo sistema e os que estão atualmente na rede tenha que buscar outros trabalhos para complementar a renda.

CPMF
A criação da CPMF no Brasil proposta pelo governo do PT não é diferente daquela do PSDB, pois não tem prioridades dentro da área da saúde, ou seja, o dinheiro será arrecado e não saberemos para onde vai. Se tivéssemos mesmo que aprovar a CMPF então que seja como verba vinculada na saúde e para determinados projetos. A tabela do SUS ser reajustada e aumento de salários para os enfermeiros e técnicos de enfermagens do setor público ou ainda para atendimento para a pequena e média complexidade que hoje são as que menos recebem pela tabela defasada do SUS. Caso contrário será como foi antes, sem resultado.

Redes sociais
Antes de compartilhar, dar opinião ou criticar alguma postagem confira a fonte e veracidade da informação. Evita injustiças, incômodos e processos.

Gostou? Compartilhe