Aposentadoria
Mudam as regras e os prejuízos continuam os mesmos. A população trabalhadora se vê obrigada trabalhar depois da aposentadoria, pois com o achatamento dos salários não tem como pagar as despesas mínimas. Tenho um amigo que se aposentou com sete salários mínimos e atualmente, dez anos depois, não chega a dois a sua aposentadoria. Sei que a população da terceira idade aumentou e que a expectativa de vida hoje é maior, mas também sabemos dos benefícios concedidos para uma parte privilegiada da sociedade. Atualmente ¼ de 14 milhões de aposentados com mais de 60 anos estão trabalhando para melhorar a renda e isto se deve para poder custar às despesas e sustentar familiares. No Brasil ¼ de lares depende dos benefícios dos aposentados, são 17 milhões de lares que tem o idoso como provedor segundo o PNAD – pesquisa nacional por amostra de domicilio.
Idosos
Ao ser provedor dos lares os idosos enfrentam outra triste realidade que é o endividamento, por conta dos empréstimos feitos para custear despesas de filhos, netos e até mesmo bisnetos. Um absurdo maior ainda com o aumento de 30% para 40% do índice de comprometimento para empréstimos dos nossos aposentados. Em seis anos a divida com financiamentos cresceu e em 2014 chegou a R$ 71 bilhões, deixando muitos aposentados com toda grande parte da renda comprometida. Uma situação que parece não ser preocupação para o Governo do Brasil, que além de aumentar o índice para financiamentos entrega o cadastro do INSS para os bancos, que fazem a festa.
Cortes
No orçamento de 2015 tivemos um corte na área de saúde no valor de 11 bilhões e na educação 9 bilhões e tudo justificado pelo Governo Federal para equilibrar as finanças. Isto implica diretamente na vida da população que já sofre pela falta de serviços essenciais na vida do dia a dia Faltam salas de aulas, professores, materiais e muitas outras prioridades da educação que acabam ficando para depois, em função do corte.
Saúde
Na saúde além dos cortes feitos pelo Governo Federal e do Estado, temos a tabela do SUS que bem que poderia ser atualizado pelos índices de aumento praticados no setor públicos para os salários dos nossos políticos. Hoje uma diária na CTI é de R$ 508,63, enquanto a diária de um hotel duas estrelas em torno de R$ 200,00. A consulta com fisioterapeuta custa R$ R$ 6,30 e caso o profissional atenda quatro paciente em uma hora terá ganho pelo SUS R$ 26,00. Para os médicos em geral a consulta gira entre R$ 10,00 e R$ 30,00. Exames temos apenas um exemplo que demonstra o descaso com a nossa saúde, quando o exame de contagem de plaquetas custa R$ 2,73. A tabela do SUS hoje é um dos grandes problemas que temos neste país e inviabiliza que os profissionais atendam pelo sistema e os que estão atualmente na rede tenha que buscar outros trabalhos para complementar a renda.
CPMF
A criação da CPMF no Brasil proposta pelo governo do PT não é diferente daquela do PSDB, pois não tem prioridades dentro da área da saúde, ou seja, o dinheiro será arrecado e não saberemos para onde vai. Se tivéssemos mesmo que aprovar a CMPF então que seja como verba vinculada na saúde e para determinados projetos. A tabela do SUS ser reajustada e aumento de salários para os enfermeiros e técnicos de enfermagens do setor público ou ainda para atendimento para a pequena e média complexidade que hoje são as que menos recebem pela tabela defasada do SUS. Caso contrário será como foi antes, sem resultado.
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