Cunha tem poucos limites
O presidente de um dos poderes da nação, Eduardo Cunha, que contratou “trusts” para administrar seu dinheiro alega que não mentiu à Comissão de ética ao afirmar que não tinha conta no exterior. Num primeiro momento parece que é seu argumento de escoima diante da acusação por cometimento ético grave perante o Parlamento que ele preside. A forma de utilização do “trust” no manejo de fortunas nos bancos suíços não é novidade. Cunha não doou dinheiro aos contratados e ficou com todas as reservas de resgate e inclusive escorregou na estratégia ao pagar contas da esposa e filhos. E novos advogados especializados estão contratados para sua defesa diante o pedido de cassação que tramita na comissão de Ética do Congresso, onde exerce exacerbadamente o comando. Tudo isso é notório. Ele nega que seu dinheiro não é seu, exercendo de forma generosa o direito de defesa, garantido a todo o cidadão. E vai defender sua inocência até o fim, como ele tem dito ao afirmar que não se afasta do comando do Poder Legislativo. Até os tucanos concordam com a fragilidade dos argumentos defensivos apresentados na mídia. A defesa formal poderá trazer novidades? Enquanto isso, tudo funciona como alavanca de pressão por que a oposição insiste no processo de impeachment contra a presidente Dilma. Tudo está conectado, já que estamos falando na esfera de julgamentos políticos e interesses eleitorais. É preciso dizer que nada nos surpreenderia, inclusive uma virada de mesa nos estertores da defesa de Cunha, que já demonstrou ter poucos limites.
Acadêmicos em Brasília
Durante a 29ª Feira do Livro de Passo Fundo, entre as obras apresentadas, destacamos A Viagem de Estudos a Brasília – viajando e aprendendo o Direito, por Júlio César de Carvalho Pacheco e Thaíse Nara Graziottin Costa. Em meio a ilustrações pertinentes à iniciativa didática a obra traz questões jurídicas vívidas em apreciação nos tribunais de superior instância, especialmente o STF. É evidente a utilidade didática e pedagógica encetada pelo Curso de Direito da IMED. A ousadia inteligente e voluntariosa, como descreve o roteiro cuidadosamente cumprido no Distrito Federal, em várias edições, enseja aos novos profissionais da área jurídica o acesso pelo conhecimento prático palpável. Traduz-se o esforço dos mestres do direito no ensejo ao desassombro para acadêmicos, necessidade característica na missão dos futuros profissionais. Simultaneamente, os artigos e resenhas conectam os alunos ao conhecimento sobre julgados da suprema corte judiciária. O livro torna público aspecto do ensino deslumbrante no acesso aos cancelos da magistratura suprema do Brasil.
Retoques:
O confrade Vis Gabriel recepcionará, neste sábado, ao meio dia, os membros da Mesa Um do Bar Oasis. A visão das águas abundantes da Barragem do Capingüí, sem dúvida empolgam e estimulam o apetite. Com satisfação li o artigo publicado na semana passada, escrito pelo Dr. Luís Juarez Nogueira de Azevedo, relatando com sua pena de ouro, episódios sobre o Tribunal do Júri em Passo Fundo e região. É um resgate primoroso e cultural, mais ainda pelo seu autor que é advogado de nomeada.
Entristece muito ao vermos o desastre ecológico e perda de vidas inocentes na Barragem de Germano, que se rompeu e inundou casas. Centenas de vítimas e um alerta à segurança ambiental. O Rio Doce, no Espírito Santo apresenta aspecto de caudaloso funeral poluidor. O artista Lázaro Ramos destaca-se por competência literária, além de extraordinário ator. Sua obra dirigida ao público infantil – Caderno de Rimas – incute a idéia de respeito e felicidade nas diferenças, inclusive raciais. Declarou que é preciso que se publiquem mais obras infantis sobre a igualdade. A leitura na infância alinha novo padrão de vida e estimula a compreensão entre as pessoas. A calçada para pedestres, na rua Morom, no centro, apresenta trecho muito difícil. Vamos dar uma olhada!