Cookies, bombons, muffins, brownies e doces diversos geralmente estão fora da lista de quem busca uma alimentação saudável. Mas e se eles fossem produzidos com ingredientes funcionais, naturais e integrais? Essa é a proposta de duas acadêmicas do curso de Nutrição da Universidade de Passo Fundo (UPF): produzir doces que, além de saborosos, sejam uma opção saudável para lanches equilibrados. Além disso, há produtos para diabéticos, pessoas com algum tipo de intolerância alimentar, para crianças e até para quem segue dieta de emagrecimento.
A ideia surgiu quando as estudantes Grasieli Danieli e Cláudia Faustino se conheceram no curso de Nutrição. “Faz muito tempo que mudamos nossa rotina alimentar para uma alimentação saudável. Não seguimos uma dieta, e sim, ajustamos nossos hábitos alimentares, temos um estilo de vida saudável. Nesse ajuste de hábitos, a criatividade foi uma arma poderosa e aprendemos a transformar algo não saudável em super saudável, substituindo ingredientes, acrescentando ou tirando algo e estudando cada ingrediente de forma que contenha os benefícios para a saúde de nossos clientes”, conta Grasieli. O gosto em comum foi o ponto de partida para que elas resolvessem empreender.
Da ideia ao negócio
A ideia se transformou em negócio e hoje elas produzem cera de 400 unidades por semana, que são comercializadas com a marca “Que seja doce, saudável e fit”. Para produzir os doces, as duas acadêmicas pesquisaram vários ingredientes para que as substituições fossem as mais saudáveis possíveis, apresentassem benefícios para a saúde, além de que os nutrientes e o valor nutricional ficassem em equilíbrio. Os conhecimentos construídos no curso de Nutrição também foram fundamentais para que a dupla fosse aprimorando as técnicas de manipulação de alimentos, adequação do ambiente de trabalho visando à segurança alimentar, estudo de técnicas de preparo de alimentos, além do melhor conhecimento sobre as informações nutricionais, dentre outras.
As estudantes também contaram com o apoio dos professores do curso para dar início ao empreendimento. A professora Jureci Machado auxiliou no desenvolvimento da avaliação sensorial dos produtos, além de orientar sobre questões de vigilância sanitária. Já a professora Carolina Mattos auxiliou em questões de rotulagem, informação nutricional e dicas de público-alvo.
Gosto pessoal
As mudanças nos hábitos alimentares fizeram Grasieli e Cláudia conhecerem o poder dos alimentos e o modo como eles podem influenciar beneficamente na saúde das pessoas de diversas formas. “Isso nos fez apaixonadas pela nutrição e ingressar no curso. E os doces são uma extensão dessa paixão, de poder levar saúde para as pessoas, para que elas também sintam os benefícios dos alimentos saudáveis e para que provem que é possível comer um doce que é saudável e saboroso”, contam. Além de adoçantes naturais, as receitas incluem biomassa de banana verde, cacau, gordura de coco e manteiga ghee. Os doces não utilizam conservantes, produtos refinados ou gordura trans.
Para conhecer mais sobre o trabalho e os produtos desenvolvidos pelas estudantes, é possível acessar a página www.facebook.com/Quesejadocesaudavelefit.
Doces saudáveis são produzidos por acadêmicas de Nutrição da UPF
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