OPINIÃO

Coluna Adriano

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Focus
O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, elevou mais uma vez a previsão de inflação para este ano. O índice passou de 10,04% para 10,33%. A projeção para a redução do PIB em 2015 avançou de -3,10% para -3,15. E a estimativa para a taxa Selic no final do ano permaneceu em 14,25%. Já a projeção para o câmbio passou de R$ 3,96 para R$ 3,95.

Dividendos
O governo federal perdeu em 2015 uma das suas principais fontes de receita, os dividendos pagos por empresas estatais, principalmente pelo BNDES. Em 2015, ainda não houve nenhum pagamento do banco de fomento. Entre 2008 e 2014, o governo recebeu quase R$ 150 bilhões em dividendos de estatais, valor que cobriu 34% do superávit primário do período. Em 2015, segundo dados até setembro, o Tesouro contabilizou R$ 6 bilhões e lucros distribuídos, praticamente divididos entre Banco do Brasil e Caixa. Nesse período, o governo registrou déficit.

Pacto Federativo
Além da queda na arrecadação e restrições para empréstimos, governadores e prefeitos também enfrentam torneiras fechadas nos repasses voluntários do governo federal. Exemplo disso são os convênios. Entre janeiro e outubro deste ano, o governo federal firmou 1.169 convênios com Estados e municípios, num valor global de R$ 1,9 bilhão. A queda é de 88% em relação à média do mesmo período nos últimos quatro anos, que foi de R$ 16,3 bilhões.

Mercado de trabalho
O Brasil perdeu 818.918 empregos com carteira assinada no período de janeiro a outubro deste ano. Essa é a primeira vez que o saldo entre as contratações e as demissões foi negativo para o acumulado de 10 primeiros meses do ano desde 2002, início da série histórica desses dados disponibilizada pelo Ministério do Trabalho. A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país foi de 7,9% em outubro, divulgou o IBGE. O desemprego teve avanço em relação à taxa de setembro, que foi de 7,6%.

Rendimento
O rendimento médio mensal do brasileiro completou, em outubro, o nono mês consecutivo de queda na comparação anual. A informação consta da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. O rendimento médio do trabalhador foi de R$ 2.182, queda de 7% em relação ao verificado em igual período do ano passado. Em outubro do ano passado, o rendimento médio real do trabalhador era de R$ 2.345. Na passagem de setembro para outubro deste ano, a renda teve queda de 0,6%.

Consequências
O presidente do Conselho de Óleo e Gás da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), César Prata, cita a retração da indústria de transformação no Brasil. “Já fomos responsáveis por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Neste ano, a participação do setor será de 9%”, informa o dirigente. Para ele, o país passa por um processo de “desendustrialização”, tal a consequência da crise no setor produtivo. “O resultado é que estamos ‘reprimarizando’ nossa economia, voltando a atividades da indústria extrativista (agropecuária, mineração), com baixo valor agregado e baixa qualidade de empregos”, afirma Prata.

Rio Doce
A Companhia Vale do Rio Doce que foi fundada com esse nome, tirou o Rio Doce do seu nome e agora acabou com o Rio Doce.

Novos tempo
Com a prisão do Senador Delcídio Amaral (PT) e banqueiro André Esteves dono do banco BTG Pactual, o Brasil não será mais o mesmo, barbas ficarão de molho, negócios escusos deverão ser repensados e a relação empresas/empresários com políticos não deverão ser mais espúrias do tipo “vender a alma pelo poder”.

Adriano é Coordenador do Curso de Administração da IMED

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