OPINIÃO

Teclando - 30/11/2015

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A Fronteira
“A Fronteira” – volume 3 é a obra de Tau Golin, lançada na Feira do Livro 2015 em Porto Alegre. Se os primeiros da série mostram os tratados e as demarcações, agora a abordagem é sobre a derradeira guerra entre Portugal e Espanha pelo domínio do sul do Brasil. O espírito jornalístico atiçou o historiador, que bisbilhotou do Chuí aos portos europeus. Magnitude na preciosidade do conteúdo e amplitude pelas 832 páginas. O atrativo e bem ilustrado material resgata uma peleia não tão distante (1763-1778). Também estamos aquerenciados neste cenário entre a Lagoa Mirim e a Ilha de Santa Catarina. Na briga de portugueses e castelhanos por território e poder, Tau Golin, ao seu melhor estilo, ainda detectou roubos e contrabandos. Pequena adaptação e “A Fronteira” já é roteiro pronto para um filme. E, claro, um pilar para novos livros escolares sobre uma história tão nossa.

Vácuo no cotidiano
“Há um vácuo na história contemporânea de Passo Fundo”. O alerta foi dado pelo engenheiro agrônomo e empresário Alberto Tagliari, diante da necessidade de salvar os acontecimentos das últimas décadas. A sua preocupação é com a falta de um resgate do cotidiano da cidade, sua vida social e noturna. Isso é urgente, pois boa parcela desta memória viva já estaria com o cartão de embarque na mão. Publicáveis ou não, pouco importa e Alberto lasca sua indissociável expressão: “Calma Beth”!

Evolução e retrocesso
Passei um fim de fim de semana em Erechim, dias 17 e 18 de novembro. A cidade vivia a realização da sua grande feira, a Frinape. No domingo à tarde um excelente sintoma de mudanças em Erechim. Fiquei surpreso ao encontrar o hipermercado Master (Sonda) funcionando a todo vapor. Voltei no “voo” executivo da Unesul que chegou a Passo Fundo lá pelas oito da noite. Olhei para o lado e o Bourbon estava fechado. Então surgiu uma grande dúvida. É Erechim que está evoluindo ou Passo Fundo que está retrocedendo? Ou as duas premissas são verdadeiras?

Playboy
A revista Playboy deixará de circular no Brasil. Ficou difícil para as coelhinhas de papel concorrer com a deslumbrante fauna em carne osso que, literalmente, abunda por aí. A publicação brasileira iniciou em 1975 e teve que driblar a assepsia dos cérebros ditatoriais de plantão. Assim, em nome da pureza das casernas, iniciou como “Revista do Homem”. Pouco depois o nome Playboy, tão badalado na matriz, acabou tolerado aqui na filial. Mas a primeira publicação do gênero foi a revista Status, da Editora Três, que em 1974 chegou às bancas estampando lindas mulheres e excelentes entrevistas. Isso, obviamente, driblando os caricatos agentes da famigerada censura prévia. Até parece que não seriam muito chegados na fruta...

Trilha sonora
Em 1971, Caetano Veloso compôs London, London durante seu autoexílio em Londres. Interpretação da performática Cibelle com o norte-americano Devendra Banhart.

https://www.youtube.com/watch?v=65N_1eSkKWg

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