Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil teve mais de 650 mil casos registrados de AIDS de 1980 a 2012. Em 2011, foram notificados 38.776 casos da doença e a taxa de incidência no país foi de 20,2 casos por 100 mil habitantes. Na região Sul, em dez anos, a taxa de incidência cresceu de 27,1 para 30,9 casos por 100 mil habitantes. Um novo boletim epidemiológico com números recentes deve ser divulgado neste dia 1º de dezembro, data que marca o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, o que evidenciará o novo panorama da doença no país.
Para informar a população sobre o teste rápido que pode detectar precocemente a Aids, o curso de Enfermagem da Universidade de Passo Fundo (UPF) realiza uma ação especial neste Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Concentrados na praça do Teixeirinha, os acadêmicos que fazem estágio curricular entregam fôlderes informativos, orientam sobre prevenção conscientizando a população sobre a testagem, e estimulam as pessoas a fazer o teste rápido em unidades de saúde.
Informação como forma de prevenção
A ação iniciou pela manhã e segue durante a tarde, com abordagem a pedestres e motoristas. A iniciativa é coordenada pela professora Sandra Vanini, a qual explica que a ação é realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, que está realizando os testes. “Trabalhamos na abordagem, estimulando que as pessoas realizem o teste rápido, gratuito e feito em qualquer unidade de saúde. Com o teste realizado e, em caso positivo, o paciente tem condições de realizar precocemente o tratamento, melhorando sua qualidade de vida e promovendo a manutenção da saúde”, destaca.
Segundo ela, o Rio Grande do Sul é o estado com o maior número de casos de Aids no Brasil e, um dado alarmante é a faixa etária dos novos casos de contaminação com vírus HIV, que é de 15 a 24 anos, uma população mais jovem. “Precisamos trabalhar na prevenção, alertando os nossos jovens a se prevenirem da contaminação do vírus HIV e a melhor forma de prevenção é o uso do preservativo”, orienta a professora.
Para a acadêmica do IX nível do curso de Enfermagem Francine Kruger, a ação aproxima os acadêmicos da comunidade e, mais do que isso, incentiva as pessoas a fazer o teste rápido. “Com esta atividade, estamos fazendo a prevenção e incentivando as pessoas a buscarem a saúde. No caso da Aids, muitas vezes as pessoas não sabem que têm a doença, eis que, geralmente, ela demora muito tempo para se manifestar. E, com o teste rápido, podem saber e fazer o tratamento precocemente”, declara.
HIV e Aids
Conforme define o Ministério da Saúde, a Aids é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causada pelo HIV- vírus da imunodeficiência humana, que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a Aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença, no entanto, podem transmitir o vírus a outras pessoas por meio de relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho, durante a gravidez e a amamentação. O Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar proteção em todas as situações.