Crime ambiental no Bosque Lucas Araújo

Denúncia feita pelo Gesp ao Ministério Público envolve Área de Preservação Permanente (APP)

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Imagem mostra a remoção de vegetação de sub-bosque, o barramento de curso hídrico com pedras e início da construção de uma área de lazerImagem mostra a remoção de vegetação de sub-bosque, o barramento de curso hídrico com pedras e início da construção de uma área de lazer
Imagem mostra a remoção de vegetação de sub-bosque, o barramento de curso hídrico com pedras e início da construção de uma área de lazer
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O Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (Gesp) encaminhou denúncia de crime ambiental no Bosque Lucas Araújo ao Ministério Público Estadual. A denúncia envolve agressões em Área de Preservação Permanente (APP) com nascentes contribuintes do arroio São Roque, que deságua na bacia hidrográfica do Rio Jacuí. O Ministério Público deverá investigar o caso.

A área agredida está localizada na divisa entre o Bosque Lucas Araújo e o loteamento Dom Rodolfo. O Gesp constatou o corte de árvores nativas e xaxins (espécie dicksonia sellowiana, ameaçada de extinção), abertura de trilhas, remoção de vegetação de sub-bosque, barramento de curso hídrico com pedras e vestígios de fogo. Além disso, foi encontrado o início de uma construção de área de lazer. O grupo ecológico também realizou vistorias no local com o Batalhão Ambiental da Brigada Militar. “Foi desviado o curso de nascentes formadoras e tributárias do arroio São Roque, feito o barramento da água, cortes de xaxins, árvores de pequeno porte e taquaral. Foram abertas pequenas clareiras e fizeram fogo no local”, revelou o integrante do Gesp, Paulo Fernando Cornélio.

A agressão na APP é considerada de extrema relevância e, por esse motivo, o Gesp solicita providências da Promotoria de Justiça Especializada para este crime ambiental. “Essa atitude pode assorear e comprometer a quantidade de água para o recurso hídrico. Nossa intenção é controlar a situação agora, antes que situações ainda mais agravantes aconteçam no local”, ressaltou o integrante do Gesp. No local também foram encontrados muitos focos de lixo. O grupo ecológico pretende agendar uma reunião com o Ministério Público para solicitar mais rigor na fiscalização ambiental do bosque por parte dos órgãos fiscalizadores municipal e estadual.

 

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