Integração de currículo de cursos da área da saúde é tema de seminário na UPF

A necessidade de integrar os cursos da área da saúde buscando qualificar as práticas pedagógicas motivou a realização do seminário “Currículo integrado para os cursos da área da saúde, o papel da educação interprofissional”. O encontro, realizado nesta quarta-feira, dia 9 de dezembro, é uma promoção do Setor de Apoio Pedagógico (SAP), ligado à Vice-Reitoria de Graduação da Universidade de Passo Fundo (VRGRAD/UPF), com apoio da Comissão de Integração Docente dos Cursos de Graduação da Área da Saúde da UPF (CIAS), do Programa de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde) e da Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (VREAC).

O encontro foi realizado no auditório da Faculdade de Ciências Econômicas Administrativas e Contábeis (Feac) e integrou professores dos cursos da área da saúde e das áreas de ética e de sociologia da saúde da UPF, integrantes da comissão e do SAP, além de estudantes representantes dos cursos da área da saúde. A programação da manhã contou com a apresentação da experiência da Universidade de Fortaleza (Unifor), do Ceará, com a presença da professora Sharmênia Nuto. Pela tarde, serão realizadas discussões em pequenos grupos para definir o planejamento e elaborar o currículo integrado e, para finalizar as atividades, uma plenária terá a sistematização dos debates.

Currículo interdisciplinar
Para a vice-reitora de Graduação Rosani Sgari, o desafio dos cursos da área da saúde da UPF é realizar as suas reformas curriculares com a integração de disciplinas. “É um jeito novo de estudar e fazer saúde, necessário e desejável de integração curricular, porque o cenário também exige essa posição”, destaca Rosani, enfatizando que a UPF é vanguardista nessa área. “Temos um grupo de cursos potencialmente qualificados, um capital intelectual humano nos cursos da área da saúde excelente e de qualidade, que tem todas as condições de discutir, aprofundar e decidir de que forma haverá essa relação curricular. Integrando currículos, estaremos fortalecendo a interdisciplinaridade, a interprofissionalização dos futuros profissionais e promovendo a transdisciplinaridade, tão desejada e discutida atualmente”, constata a vice-reitora.

A vice-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários Bernadete Dalmolin explica que o encontro consiste em uma ampla discussão sobre a reforma curricular. “Nossa tradição ainda é muito voltada para a doença e para intervenções disciplinares e uniprofissionais. Porém, a realidade é mais complexa e precisamos, desde a formação, preparar os profissionais para a complexidade da vida, para uma análise profunda da realidade, para o trabalho interdisciplinar, para intervenções junto aos grandes problemas epidemiológicos”, comenta, explicando que a revisão dos currículos dos cursos da área da saúde se dará para que o aluno possa viver, durante a formação, a interação na prática e os princípios que trazem um aprendizado mais significativo que o qualifique para a realidade do cenário profissional.

Segundo Bernadete, na saúde, a formação tem foco na doença e, para ela, a doença é somente um dos aspectos da vida. “O processo de adoecimento é ligado a muitas dimensões da vida: biológico, social e psicológico, e precisamos incorporar, nos conceitos de saúde, toda essa dimensão de doença, para muito além dela, para que possamos ter intervenções qualificadas, fazendo o trabalho de cuidado ao longo da vida”, destaca.