OPINIÃO

Coluna Adriano

Por
· 3 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Boletim

A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, subiu pela 12ª semana seguida, ao passar de 10,38% para 10,44%. Para 2016, a estimativa para o IPCA também subiu: de 6,64% para 6,70%. Essas projeções fazem parte do Boletim Focus do Banco Central (BC), publicação semanal, feita com base em projeções de instituições financeiras. Devido às dificuldades na política fiscal do governo, o BC espera que a inflação fique na meta somente em 2017. Anteriormente a expectativa era 2016. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada quinta-feira (3), o BC disse que adotará as medidas necessárias para trazer a inflação o mais próximo possível de 4,5%, sem estourar o teto da meta (6,5%), em 2016. Para 2017, o comitê esperar fazer a inflação convergir para o centro da meta (4,5%) (Fonte: Revista Amanhã).

Recorde

O governo da presidente Dilma Rousseff está batendo um novo recorde: o desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos atingiu seu maior nível na série histórica da Pnad trimestral, calculada pelo IBGE desde 2012. Nessa faixa etária, já são 19,7% os que não conseguem emprego. Quando se considera o número total de desocupados no país, os jovens representam 33,1%. A taxa de desocupação de 18 a 24 anos vem crescendo rapidamente desde o 4º trimestre (out. a dez.) de 2014, quando estava em 14,1%. A alta está diretamente ligada a piora da economia brasileira, que vem se deteriorando e acertando em cheio o mercado de trabalho. Na comparação com a taxa de desocupação da população total do país, que foi de 8,9% no 3º trimestre de 2015, a situação é ainda mais preocupante, já que o desemprego entre os jovens é mais do que o dobro da média nacional (Fonte: UOL-Fernando Rodrigues).

Responsabilidade

O presidente do Insper, Marcos Lisboa, não poupou o setor privado de responsabilidade pela crise pela qual passa a economia brasileira. De acordo com ele, que falou para empresários ligados à Câmara de Comércio Francesa, é injusta a tentativa de se querer responsabilizar apenas o governo pela agenda econômica que levou o País à crise atual. "É injusto dizer que essa agenda é só do governo, o setor privado a apoiou", disse o economista. De acordo com Lisboa, quando o governo reduziu a taxa de juros (a Selic chegou a 7,25% ao ano), o setor privado aplaudiu a decisão em praça pública. Ainda de acordo com ele, é uma profunda injustiça dizer também que o governo não deu incentivo à produção, ao investimento. "Deu as proteções que o setor pediu. O setor privado apoiou essa a agenda do governo", disse.

Ninguém, de acordo com Lisboa, que fez questão de salientar que não tem nenhum apreço pelo atual governo, dá R$ 450 bilhões de crédito a uma taxa de 4,5% ao ano pelo BNDES sem estimular o investimento. Para ele, o governo incentivou o setor de máquinas, caminhões e promoveu desonerações para a indústria. Só que, de acordo com ele, os investimentos não foram feitos.

Segundo Lisboa, o problema de Brasília é o Brasil que pede proteção e o governo sensível a uma agenda de proteção. "A indústria automotiva tem proteção faz 70 anos, há algo errado nisso", disse o presidente do Insper. Para ele, quando a Fiesp apoia a intervenção do governo no setor elétrico, é um equivoco. Lisboa arrancou risos da plateia ao dizer que não está podendo mais se aproximar da Avenida Paulista porque é também contra a cobrança de contribuições dos empresários para o Sistema "S" (Fontes: Folha; Estadão; Istoé)

Jabuti

As eleições nos últimos tempos têm sido marcadas pelo “vale tudo pelo poder”. Campanhas caras, biografias maquiadas pela propaganda política onde o pior candidato torna-se o melhor e onde os candidatos sem discursos e sem nenhum tipo de liderança alcançam cargos que podem influir na vida e no comportamento das pessoas e da sociedade como um todo. Dilma afirmava que um pouco de inflação era praticável, o pouquinho dela tornou-se um “poucão” indomável e a manipulação da contabilidade pública o aparelhamento da máquina por companheiros ligados ao movimento sindical travou o Brasil. Dilma, em 2014 anunciou que não iria apresentar um plano de governo, pois o plano de governo era a palavra dela. A palavra dela nos levou a situação econômica e o caos politico que estamos vivendo no Brasil nesse momento. O povo brasileiro elegeu seus “jabutis”, um congresso que possui mais de 70 deputados e senadores investigados, entre eles destacam-se os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Jabuti não sobe em árvore, quando sobe é porque alguém o colocou lá. O povo brasileiro elegeu o pior congresso da história e uma presidente que não apresentou um plano de governo nas eleições de 2014, afirmou que o país não precisava de ajuste e quando eleita, promoveu e promove um forte ajuste na economia. Enfim semeou vento nas eleições e colhe tempestade no governo. Se Brasília só tem jabutis é porque alguém votou.

 

Adriano José da Silva
Professor Coordenador da Escola de Administração da IMED

 

Gostou? Compartilhe